A enchente histórica do rio Taquari obrigou o poder público a buscar soluções rápidas para amenizar futuros estragos em decorrência das cheias. Em longo prazo, porém, são planejadas ações mais concretas. Os movimentos ocorrem em cidades como Lajeado e Colinas, que estão entre as mais afetadas pelo fenômeno.
Em Lajeado, além do marco histórico que já começou a ser implantado, o município projeta outras ações específicas, que projetam maior eficácia no enfrentamento às enchentes. “São coisas que tem tomado bastante tempo de mim na secretaria. Estamos juntando informações para que se possa tomar atitudes corretas e com o pé no chão”, afirma o secretário de Planejamento e Urbanismo, Giancarlo Bervian.
Uma das iniciativas será a criação de um sistema de software, que permitirá acompanhar em tempo real o crescimento do nível do rio em situações de cheia. O governo está em busca de orçamentos para implementar o sistema.
“Este é dedicado exclusivamente às ações da Defesa Civil. Na prefeitura, vamos ter cadastradas todas as unidades em cada cota de nível. Aí, vamos ver quais são as que estão em situação emergencial. Juntamente com as demais secretarias, serão pensadas ações específicas em momentos de dificuldade”, salienta.
Réguas linimétricas
Para o monitoramento em tempo real, devem ser instaladas réguas linimétricas. Os locais ainda não estão definidos, mas a instalação deve ocorrer no bairro Carneiros, na rua Bento Rosa, no Porto dos Bruder e na avenida Oswaldo Aranha, áreas bastante atingidas pela cheia.
“Essas réguas serão para acompanhamento visual. E também teremos estações linimétricas, com vários elementos. Inclusive teremos uma reunião com a Univates, pois eles tem interesse em participar do projeto. As pessoas querem ações imediatas, mas é importante a questão do planejamento”, salienta Bervian.
Na próxima semana, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) também instalará um régua na parede lateral de sua sede, junto à calçada, na avenida Benjamin Constant.
Medição em Colinas
A busca por um sistema confiável no monitoramento de cheias levou a uma mobilização dos Bombeiros Voluntários de Imigrante e Colinas (Imicol) para a instalação de novas réguas para acompanhar a evolução do rio Taquari.
A limpeza na antiga rampa da rua Doutor Parobé, onde serão fixadas as réguas, já foi feita. Ontem, foram concretados os postes no local. O investimento inicial era de R$ 10 mil, mas o custo aumentou devido às réguas. A boa notícia para os bombeiros é que as doações estão garantindo a obra.
“Conseguimos tudo em doações. Ainda está longe de terminar, mas com certeza o valor será de mais de R$ 10 mil. O terreno trouxe muitas dificuldades”, explica o coordenador dos Bombeiros Imicol, Marcelo Ceppo. Ainda resta a doação de uma régua. Depois, será necessária a compra de materiais, como tubos, ferros e tinta.
A projeção é de que a obra seja concluída em até 30 dias.
