“A escola é preparada, seguro e segue protocolos. Nos ambientes que as crianças estão atualmente, talvez isso não ocorra”, defende a delegada do Sindicreches, Bárbara Spengler. Na avaliação dela, há segurança para o retorno das crianças nas creches particulares.
A região conta com 14 instituições privadas focadas apenas no ensino infantil em três municípios. Bárbara cita que essas escolas se adequaram a diretrizes lançadas pelo governo estadual em 4 de julho. Uma das adaptações será a diminuição no número de crianças por sala de aula.
“Onde havia 16 alunos será reduzido para cinco”, exemplifica. “Não será como a sociedade pensa que irá retornar todos os alunos no mesmo espaço”, complementa.
Bárbara destaca ainda a preocupação financeira das escolas infantis. Segundo ela, cerca de 70% dos pais já cancelaram matrículas. Amanhã vence a suspensão dos contratos dos profissionais. “Não sabemos como vamos pagar essas pessoas sem as aulas. São famílias que dependem desse dinheiro”, reforça.
Usando dados da própria escola, localizada em Lajeado, Bárbara informa que mais de 90% dos pais colocariam os filhos novamente nas creches. Hoje, apenas 6% deles conseguem cuidar os filhos em casa.
“Queremos que seja respeitada a vontade dos pais que querem e precisam deixar os filhos nas creches”, conclui.
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