A Associação dos Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Asmevat) apresentou para a Amvat um cronograma de retorno à sala de aula diferente do proposto pelo Estado. Para a Asmevat, os alunos da educação infantil não voltariam em 2020. Já para o Estado, seriam os primeiros com aulas.
O tema foi abordado no programa Frente e Verso de hoje. Presidente da Asmevat e secretária de Paverama, Rosicler Flach destacou surpresa dos secretários municipais com a decisão do governo.
Conforme ela, mais de 80% das entidades educacionais citaram como necessário o retorno pelos alunos dos anos finais, pelo fato dessa faixa etária ter autonomia maior sobre os protocolos. “A gente sabe que as crianças não têm compreensão. Como impedir a troca de bicos ou como será se essas crianças precisarem de colo?”, exemplificou.
No cronograma apresentado pela entidade, o retorno seria pelo ensino superior e técnico. Após pelo 3° ano do Médio e 9° Ano do fundamental, seguido pelo restante das turmas desses níveis. A pré-escola (alunos de 4 e 5) retornaria somente no final e as creches só em 2021 ou quando houver uma vacina.
Rosicler acrescenta que essas medidas são baseadas na rede pública e podem ser diferentes para escolas privadas. “Entendemos que há uma diferença de concepção nesses dois casos”, acrescenta.
Para a rede pública, ela percebe insegurança no retorno das aulas e cita dificuldades, por exemplo, no transporte de alunos.
Pesquisa feita pela Asmevat em julho aponta que 52% dos pais da rede pública do Vale do Taquari não enviariam filhos para as escolas. 48% apontavam que enviariam, entretanto desse total, 28% ainda mostravam dúvidas.
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