Região tem dois municípios entre os 100 mais ricos do país

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Região tem dois municípios entre os 100 mais ricos do país

Lajeado é a 41ª cidade da lista nacional e nona no ranking do RS, conforme estudo da FGV. Encantado aparece na 94ª posição entre os municípios brasileiros

Região tem dois municípios entre os 100 mais ricos do país
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Um levantamento da FGV Social, vinculada à Fundação Getúlio Vargas (FGV), coloca dois municípios do Vale do Taquari entre os cem de maior renda do Brasil. Lajeado, em 41º, e Encantado, em 94º, estão na parte de cima da lista. O estudo, divulgado esta semana, traz dados de todas as cidades do país.

Segundo a FGV, o levantamento considera os rendimentos declarados no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) divididos pela população de cada município. Um dos propósitos do estudo é expor a desigualdade no país e mostra que há visíveis diferenças entre o mais rico e o mais pobre município do Vale.

A renda em Lajeado é de R$ 2.135,99 por habitante. O município, mais populoso do Vale, também é considerado o polo econômico da região. Já Canudos do Vale, que possui uma das menores populações, apresenta a pior renda por habitante: apenas R$ 277,10 e a 3260º colocação no ranking nacional.

Depois de Lajeado e Encantado, os municípios mais bem colocados, na ordem, são Anta Gorda (186º), Imigrante (199º), Estrela (291º), Arroio do Meio (396º), Muçum (455º) e Westfália (513º), todos com renda média superior a um salário mínimo (R$ 1.045,00).

“Mostra muito do que é o Vale”

Para a economista Cíntia Agostini, presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), os números de Lajeado refletem a posição de destaque do município e da região na economia gaúcha. “É um bom dado e mostra muito do que é o Vale. Encantado também. São municípios mais industrializados e mostram que é uma renda bem adequada”, explica.

Para ela, Canudos do Vale e outros municípios apresentam uma renda por habitante baixa por serem cidades onde o trabalho no campo prevalece. “Nesses municípios, quem está na agricultura familiar não tem formalização de renda. No setor industrial e de serviços, a formalização é bem maior”, comenta Cíntia.

O fato de ter uma renda menor, segundo Cíntia, não necessariamente significa que as condições de vida nestes municípios seja pior do que em Lajeado, por exemplo. “Municípios com características rurais tem dificuldades na formalização da renda”, ressalta.

Capital em destaque

Conforme o estudo da FGV, Porto Alegre é a segunda capital brasileira com a maior renda por habitante: R$ 3.725,15, ficando à frente de cidades como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Florianópolis, com quase R$ 4 mil mensais, está no topo da lista.

Nova Lima (MG) apresenta a maior renda média do país, com R$ 6.253,03. O município, de 87 mil habitantes, fica localizado na região metropolitana de Belo Horizonte e se destaca pela extração do minério de ferro, responsável por mais de 5 mil empregos, sendo sua principal atividade econômica.

No outro extremo, a cidade de Fernando Falcão, no Maranhão, tem uma renda média de apenas R$ 19,89 por habitante. O município possui um dos piores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, equivalente a de países como Zimbábue e Ruanda.

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