HBB participa de projeto do Estado para auxiliar profissionais da saúde

Coronavírus

HBB participa de projeto do Estado para auxiliar profissionais da saúde

Pelo menos 25 instituições gaúchas já aderiram ao "Tele UTI-RS" que oferece apoio 24h. Programa capacita profissionais da saúde que atuam no combate à covid-19

HBB participa de projeto do Estado para auxiliar profissionais da saúde
(Foto: Laura Mallmann/Arquivo A Hora)
Lajeado

O Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, participa de projeto lançado nesta quinta-feira, 13, pelo governo do Estado. O programa pretende auxiliar na capacitação de funcionários de centros de excelência no tratamento da covid-19.

O projeto Tele UTI-RS, como parte do Programa de Apoio Institucional do SUS (Proadi-SUS), vinculado ao Ministério da Saúde, oferece apoio de hospitais que são referências no Brasil no tratamento de coronavírus, como o Hospital do Coração (HCor) e o Sírio Libanês, de São Paulo, e o Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

Os profissionais do Rio Grande do Sul terão à disposição, todos os dias, equipes desses hospitais de referência para discutir os casos de seus pacientes e obter informações sob demanda e adaptadas à realidade local.

“Estamos colocando novos hospitais e novos leitos em funcionamento em todo o RS, e muitos profissionais são chamados a cumprir uma missão inédita no tratamento intensivo. Para garantir a melhor capacitação desses profissionais, estamos firmando essa pareceria. Assim, especialistas e intensivistas que já passaram por situações difíceis e que têm grande expertise no enfrentamento à Covid vão acompanhar os casos específicos de pacientes. Não é só uma consultoria, é um apoio direto aos profissionais que estão na ponta das UTIs gaúchas”, destacou o governador Eduardo Leite durante a transmissão de atualização do enfrentamento à pandemia no Estado nesta quinta-feira.

Conforme o governador, pelo menos 25 hospitais gaúchos já estão atendidos ou com termos de compromisso encaminhados e outros 32 estão sendo contatados. A relação se encontra no final deste texto.

O superintendente executivo do HCor, Fernando Torelly, destacou que São Paulo enfrentou o pico da pandemia mais cedo do que o Rio Grande do Sul e, agora, já está reduzindo a taxa de ocupação de leitos.

“Durante esse período, tivemos grande aprendizado sobre essa doença nova. Nossos profissionais já enfrentaram momentos decisivos da pandemia, já tiveram dúvidas sobre medicação, entre outras, e agora poderão ajudar os colegas gaúchos. Tenho certeza de que, ao final de tudo isso, o Rio Grande do Sul será um dos Estados com menor índice de mortalidade pela qualidade dos seus hospitais e profissionais da saúde”, afirmou Torelly.

Como funciona

O médico intensivista coordenador técnico do Tele UTI, André Franz, explicou que o projeto começou como uma troca de experiências para auxiliar no estabelecimento de protocolos hospitalares, mas evoluiu para um acompanhamento diário, por videoconferência, entre as equipes multiprofissionais do hospital de referência e do hospital local. “O grande objetivo é diminuir a sobrecarga de trabalho, porque há uma divisão das decisões com grupo que já tem alguma expertise mais estabelecida, o que traz maior tranquilidade às equipes”, apontou Franz.

Dois médicos que atuam no interior do RS participaram da transmissão pelas redes sociais: Frederico Gomes, intensivista coordenador da UTI Covid do Hospital Sagrada Família, de São Sebastião do Caí, e Juliano Machado, diretor clínico e médico coordenador da UTI Covid do Hospital Frei Clemente, de Soledade.

“Foi um grande desafio para mim e toda nossa equipe, e ainda está sendo, enfrentar uma doença nova, muitos sem nenhuma experiência com terapia intensiva até o momento. Começamos nossa UTI do zero, cada dia é um aprendizado novo e enfrentamos muitas dificuldades. Mesmo com muito empenho, todo mundo está sobrecarregado, faltam profissionais, foi difícil montar escalas e achar gente apta a trabalhar na UTI. Por isso, esse projeto de Tele UTI veio muito a calhar, porque pelo menos uma vez por dia temos uma discussão com um intensivista sobre todos os pacientes. É visível a melhora na assistência. Tanto o retorno dos colegas quanto dos pacientes é incrível”, contou Gomes.

O Hospital Frei Clemente implantou a UTI dois meses atrás e há duas semanas conta com o apoio do projeto Tele UTI. “É impressionante o que aprendemos. Eu, particularmente, nunca aprendi tanto como nesses últimos 15 dias. A gente pode estar na beira do leito mostrando o paciente para o colega que está em outro lugar do Brasil e passa sua experiencia para nós na hora, é instantâneo. Isso gera melhora mais objetiva e rápida aos pacientes, que acabam saindo mais rápido daqui”, afirmou Machado.

HOSPITAIS QUE ADERIRAM OU ESTÃO INGRESSANDO NO TELE UTI-RS
(Até 10 de agosto)

• Fundação Hospitalar Santa Terezinha (Erechim)
• Fundação Hospitalar Sapucaia do Sul (Sapucaia do Sul)
• Hospital Beneficente São Carlos (Farroupilha)
• Hospital Beneficente São Pedro (Garibaldi)
• Hospital Bruno Born (Lajeado)
• Hospital Centenário (São Leopoldo)
• Hospital de Caridade de Ijuí (Ijuí)
• Hospital de Caridade São Jerônimo (São Jerônimo)
• Hospital de Caridade São Roque (Faxinal do Soturno)
• Hospital de Tramandaí (Tramandaí)
• Hospital Frei Clemente (Soledade)
• Hospital Geral de Caxias do Sul
• Hospital Ivan Goulart (São Borja)
• Hospital Nossa Senhora Aparecida (Camaquã)
• Hospital Nossa Senhora das Graças (Canoas)
• Hospital Regional de Santa Maria (Santa Maria)
• Hospital Sagrada Família (São Sebastião do Caí)
• Hospital Santo Ângelo (Santo Ângelo)
• Hospital Santo Antônio (Tenente Portela)
• Hospital São Vicente de Paulo (Osório)
• Hospital Viamão – Instituto de Cardiologia (Viamão)
• Hospital Vida e Saúde (Santa Rosa)
• Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel (São Gabriel)
• Santa Casa de Alegrete (Alegrete)
• Santa Casa de Rio Grande (Rio Grande)

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