O retorno gradual às aulas a partir do dia 31 de agosto foi apresentado pelo governo do Estado aos prefeitos de 27 regiões gaúchas ontem. As primeiras turmas a retornarem seriam da educação infantil na rede pública e privada.
A proposta do Estado divide opinião entre as entidades ligadas ao setor. No caso da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a divergência é sobre o retorno dos estudantes mais jovens.
Em entrevista ao programa Frente e Verso da manhã de hoje, presidente da Undime e secretário de Estrela, Marcelo Mallmann percebe dificuldades em cumprir os protocolos nas turmas com crianças de 0 a 5 anos.
Na avaliação de Mallmann, ainda não há experiências de como o vírus se comporta em sala de aula. Há ainda preocupação com o aumento na ocupação de UTIs, que atualmente ultrapassa 60% da capacidade hospitalar do RS.
Para a Undime, o adequado seria iniciar pelos estudantes com mais autonomia. Dessa forma, o retorno seria com o Ensino Superior, passando pro Médio e Fundamental. Para Mallmann, os alunos da educação infantil deveriam retornar apenas quando houver uma vacina. “Pensamos assim para proteger também os pais dessas crianças e profissionais que irão atuar com elas”, justifica
O presidente da Undime percebe as dificuldades de pais em conseguir deixar os filhos menores em locais adequados enquanto trabalham, entretanto discorda da necessidade de “acelerar o passo”. “Uma coisa é contratar uma profissional para deixar uma ou duas crianças. Outra e mandar uma criança para uma sala com outras 20”, exemplificou ao ser questionado sobre profissionais atuando de forma irregular no cuidado de crianças neste momento de escolas infantis com portas fechadas.
Mallmann destaca que a proposta da Undime será levada ao Estado. Ele defende o diálogo para encontrar a melhor solução no retorno às aulas. “Não existe nenhum problema do Estado apresentar uma proposta e a a gente tentar melhorá-la”, conclui.
Ouça a entrevista completa no link:
