O debate sobre o retorno ou não de aulas presenciais diverge opiniões no estado. O diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert, escola de confissão luterana, que integra a Rede Sinodal de Educação, participou do programa A Hora Bom Dia, desta terça-feira, dia 11, para esclarecer os desafios do ensino em tempos de pandemia. Além de apresentar as inovações e reinvenções da escola técnica da instituição.
Conforme Rückert, o retorno das aulas é um debate constante no Comitê de Atenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus do município. “Começamos a entender que é hora de voltar”, relata.
Para o diretor, as escolas devem voltar para quem quer retornar. “Temos em vista que o colégio é o espaço que pode se preparar da melhor forma e entendemos que o ambiente tem condições para isso”, explica. Neste sentido, aqueles estudantes que optarem por seguir com o ensino remoto e virtual receberão o conteúdo da mesma forma.
Para que o retorno seja possível, cada escola precisa estabelecer protocolos de contingenciamento. “Sei de diversos colégios particulares da região que investiram para garantir a segurança dos estudantes”, revela.
Conforme Rückert, o valor a vida é o primordial, porém é necessário fazer experimentos para o retorno seguro. “Nossa ideia é voltar de forma gradativa com um número reduzido de estudantes e dessa foram estabelecer pactos de corresponsabilidade com as famílias. Estabelecer que o caminho do estudante é de casa para a escola e da escola para casa”, explica.
Segundo ele, caso essa rotina seja interrompida cria-se diversas possibilidades e cenário de possíveis contágios. “Precisamos tentar fazer esse movimento de forma responsável”, explica.
Rückert esclarece que o compromisso da escola é com a sociedade e com o desenvolvimento das pessoas. “O vínculo entre família, escola e estudante é muito forte e deste não podemos abrir mão. O ensino presencial é necessário”, conclui.
Escola técnica
A classificação da escola técnica profissional é de classificação por formação de nível Médio. Conforme Rückert, a escola técnica está numa faixa de evasão da escola. “Temos dados de que cerca de 20% dos alunos abandonam a escola na região neste período do Ensino Médio. É um dado preocupante”, expõe.
O diretor defende a criação de políticas públicas para o ensino técnico para fortalecer a formação. “Temos que olhar com mais objetividade para este ensino, pois é ali está uma qualificação inicial pertinente e necessária para a região”, argumenta. Rückert explica que o aprender a fazer do Ensino Técnico precisa “caminhar” junto com o ensino teórico.
A baixa procura pelo Ensino preocupa o diretor. Para ele, o jovem muitas vezes não tem a clareza para entender o que é o melhor para seu futuro. “Por isso, a importância de políticas públicas para direcionar o estudante para um futuro”, explica.
Confira a entrevista na íntegra: