Associados decidiram pelo fechamento do Clube Esportivo de Arroio do Meio em assembleia realizada no mês de julho. As dificuldades financeiras fazem a principal entidade recreativa do município encerrar as atividades após 106 anos de história.
“Infelizmente, Arroio do Meio não comporta mais um clube social. A gente tentou de tudo, mas a comunidade não se associa”, lamenta o atual presidente, Ricardo Cimirro.
Nos últimos meses, a despesa com manutenção do patrimônio era até 40% maior que a arrecadação com mensalidades ou alugueis de espaços. “Ou a gente optava pelo fechamento e sairíamos no lucro ou iriamos manter e logo nem conseguir mais negociar o patrimônio”, cita.
Agora, a diretoria realiza a liquidação dissolução do patrimônio do clube com a venda das sedes campestre e social. Os valores adquiridos com a venda serão divididos entre os sócios patrimoniais com mensalidades em dia e mínimo de três anos de contribuição. Sócios patrimoniais que não preencherem esses requisitos terão o valor do título devolvido.
Conforme Cimirro, a entidade privada conta com 144 sócios. Desse total, cerca de 110 teriam direito ao patrimônio.
Venda das sedes
O Clube Esportivo tem a sede social localizada na parte coberta da Rua General Daltro Filho, em frente à Praça Flores da Cunha (Rua de Eventos). O prédio de 2 mil m² conta com dois salões, restaurante e subsolo com bolão.
Pelo fato de já ser utilizado em eventos como a Culturarte, a diretoria encaminhou ofício ao governo de Arroio do Meio oferecendo o prédio em uma desapropriação amigável. Quinta-feira, 13, representantes do Clube devem se reunir com o Executivo.
A sede campestre (antigo Piscina Clube) está localizada na Barra da Forqueta, às margens da RS-130. Com cerca de três hectares, conta com campo de futebol iluminado, padel, piscina, quiosques, quadra de tênis e dois salões.
No caso de ambas as sedes, Cimirro cita especulações de investidores pela compra. Entretanto não existe confirmação de interessados até o momento. “Podemos vender em um mês ou em um ano. Não existem prazos”, acrescenta.
Na última avaliação do patrimônio, feita cerca de três anos atrás, os imóveis estavam avaliados em R$ 12 milhões (R$ 5,8 milhões da sede social e R$ 6,2 milhões da sede campestre).