Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação

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Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação

Apesar da redução no consumo, preços regidos por contratos e pelo mercado externo elevam IPCA de julho para o maior patamar dos últimos quatro anos

Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação
Produtos que não são considerados essenciais podem ser vendidos por tele-entrega. Foto: Divulgação
Brasil

O preço do barril de petróleo e a conta de luz puxaram o aumento da inflação no país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,36% em julho, o maior resultado para o mês desde 2016, quando o IPCA foi de 0,52%.

Nos últimos 12 meses, o acumulado da inflação é de 2,31%. Percentual abaixo da meta do governo, prevista para 4% no ano.

A economista Cintia Agostini pontua as diferenças no conjunto de preços. Segundo ela, há três conceitos. O primeiro baseado na lógica de oferta e demanda. Neste quesito, não houve aumento, pois o consumo das famílias está baixo. Isso faz com que os preços caiam.

O segundo tem relação com serviços concedidos, em que há contratos prevendo reajustes, como é o caso das tarifas de energia elétrica, um dos responsáveis pela alta da inflação. O outro se trata do mercado externo, do preço do barril de petróleo. Com a alta, a gasolina teve um aumento acima dos 3%, o que impactou sobre o IPCA.

Os dados sobre a inflação em julho foram divulgados nessa sexta-feira pelo IBGE. Conforme a última pesquisa Focus, do Banco Central, a estimativa é que a inflação fique em 1,63% neste ano.

Deflação no vestuário e alimentos estáveis

Entre os grupos com queda nos preços, o destaque foi vestuário (-0,52%), que registrou o 3º mês consecutivo de deflação.

Os preços dos alimentos e bebidas seguiram estáveis. As maiores elevações nos neste grupo fica por conta das carnes (3,68%), leite longa vida (3,79%), arroz (2,20%) e frutas (1,09%).

Os produtos que mais caíram foram: batata-inglesa (-24,79%), cenoura (-20,67%) e tomate (-16,78%).

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