O novo Plano Diretor de Lajeado foi aprovado com 44 emendas protocoladas pelos vereadores. O alto número de alterações no projeto original do Executivo, aliado ao longo período entre a apresentação da matéria e a efetiva votação geram preocupação em alguns setores da sociedade. Diante disso, diversas alas do governo municipal avaliam a real necessidade de encaminhar o Plano de Mobilidade Urbana para a apreciação dos parlamentares. Muitos querem implantar o estudo por meio de um decreto.
Particularmente, eu até entendo a preocupação dos profissionais e agentes públicos envolvidos neste trâmite. Mas acho ruim. Para o bem da democracia, e para seguir o que historicamente vem sendo construído na nossa sociedade lajeadense, seria salutar ver o Plano de Mobilidade Urbana passar pelo crivo dos nossos 15 vereadores que, bem ou mal, foram democraticamente eleitos pelo povo de Lajeado para atuarem neste tipo de decisão política-administrativa. O problema, claro, é fazer isso em ano ou período eleitoral.
Cestas básicas
Em Encantado, alguns agentes públicos tratam o assunto da enchente com um viés político pra lá de demasiado. Nesta semana, todos os vereadores assinam um Pedido de Informação encaminhado ao governo municipal. Eles querem saber qual o valor investido na compra das cestas básicas distribuídas para as famílias atingidas pela enchente de julho; qual a dotação utilizada para pagamento dos referidos empenhos; onde foram distribuídas as cestas básicas e para quais famílias; onde foram adquiridas as cestas básicas; e ainda a cópia das notas com empenhos de pagamentos. O assunto também gerou polêmica em Lajeado.
Postagens “patrocinadas”
Ontem, citei sobre os riscos aos pré-candidatos. Especificamente sobre as postagens patrocinadas nas redes sociais. Escrevi que os futuros postulantes podem ser enquadrados em campanha eleitoral antecipada, e até mesmo em abuso de poder econômico (e algumas vezes o fato ainda pode configurar o famigerado Caixa 2). De fato, podem. Mas a lei é um tanto complexa. A Justiça Eleitoral permite as postagens patrocinadas. Porém, e para evitar dores de cabeça no futuro, os pré-candidatos não podem exagerar nos gastos. Isso vale para a produção de vídeos e “lives”, também. E vale para vereadores e prefeitos!
72 mortos em três meses e duas semanas!
O Vale do Taquari já registra 72 mortes em decorrência da Covid-19. O primeiro óbito foi registrado em Lajeado, no dia 23 de abril. Desde então, outros 28 lajeadenses morreram em função das complicações geradas pelo novo coronavírus. É um número alto, sim. E não pode ser desprezado. Portanto, e se puder, fique em casa. Se precisar sair, use a máscara em meio ao público e respeite as regras básicas de higiene e de distanciamento social. É o mínimo!
Os votos de brita!
Novos tempos, velhas práticas. Para evitar que velhas práticas eleitoreiras se repitam, opositores estão vigiando e fiscalizando toda e qualquer carga de brita, limpezas de terrenos, terraplenagens e outros serviços urbanos comuns às Secretarias de Obras dos mais diversos municípios, com incrível destaque para as maiores cidades do democrático Vale do Taquari. E não apenas os opositores. Empresários que tiveram o pedido negado também questionam eventuais benefícios a outros empresários. É o povo de olho!
O MP e as bandeiras!
A falta de credibilidade do distanciamento social do Governo do Estado chega até as entranhas do Ministério Público (MP) e do Poder Judiciário. Há muitos agentes fazendo “vistas grossas” para os atos de rebeldia de prefeitos, comerciantes e da população em geral. E não é por má vontade, ou por eventualmente discordarem das severas restrições. Os promotores gaúchos, a bem da verdade, também estão confusos em meio às reviravoltas. Para resolver o “pepino”, a melhor solução é deixar as ações para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Asfalto intermunicipal
A câmara de Encantado enfim votou – e aprovou – o projeto de lei do Poder Executivo que autoriza o município a firmar convênio com a cidade de Relvado, “visando propiciar o asfaltamento da EM-475”. Apenas o vereador Luciano Moresco (PT) votou contra a matéria.