Foram quase três anos e meio de debates, reuniões, sugestões, bate-bocas e audiências públicas. Ontem, o novo Plano Diretor da principal cidade do Vale do Taquari foi à votação na Câmara de Vereadores. Construído e produzido a muitas mãos, e com amplo envolvimento da sociedade civil, empresarial e governamental, a matéria foi aprovada. Com ressalvas, é bem verdade. Duras ressalvas. Mas era importante atualizar o documento de 2006.
E o debate persiste. Ele nunca para. Além das dezenas de emendas que ainda podem ser vetadas pelo prefeito – e os vereadores podem derrubar eventuais vetos –, há muito a debater. Sobre a cota 27, por exemplo, o tema vai avançar. Especialmente após a enchente do dia nove de julho, quando o nível das águas ultrapassou a cota de 30 metros em certos pontos da cidade. Como exemplo, as proximidades da Ponte de Ferro, no bairro Carneiros.
É preciso inovar!
O programa de distanciamento controlado do governo estadual tem méritos. Gostem ou não, o Rio Grande do Sul ostenta certa “vantagem” em relação a outros estados do sul e sudeste do país, essencialmente em relação aos índices de contágios e à queda de arrecadação decorrente da covid-19. A pesquisa apresentada pelo jornal Folha de São Paulo nessa segunda-feira mostra o RS entre os melhores – ou menos piores – no cenário sul e sudeste. Mas ainda é pouco para convencer a sociedade civil e empresarial. É preciso inovar!
Ainda é pouco e dificilmente o modelo será aceito por muito tempo. Aliás, no dia de ontem, o descumprimento às restrições impostas pelo Estado parecia regra geral entre comerciantes da região. É um sinal claro e perigoso de que o governador e sua equipe não possuem o respeito necessário por boa parte da sociedade gaúcha. Um sinal de que a bandeira vermelha já não possui o efeito punitivo de outrora. E é um sinal de que algo precisa ser apresentado em um curto espaço de tempo, sob o risco de perdermos por completo as rédeas.
O efeito punitivo da bandeira vermelha tende a ser cada vez menos respeitado. Os próprios índices de isolamento social, divulgados pelo Governo Estadual com base na pesquisa da empresa InLoco, demonstram que as bandeiras vermelhas não interferem tanto assim no comportamento social do público em geral. As aglomerações persistem nas bandeiras laranja e vermelha, e tendem a aumentar com o andar da carruagem. Afinal, as pessoas estão cansadas e é preciso inovar. E, por sorte, o governador está disposto para tal!
Palanque em banhado
O negócio desandou e o caldo engrossou entre os poderes Executivo e Legislativo de Encantado. A politicagem em torno do PL do “Programa Enchente-2020” vem tomando rumos inimagináveis. O que deveria ser resolvido de forma natural em prol das famílias mais carentes e vulneráveis vem se tornando um indigesto palanque. Acreditem: o projeto ainda não foi aprovado por que legisladores e prefeito ainda debatem a forma de conversar. O Legislativo quer uma reunião virtual. O Executivo quer reunião presencial. E o povo?
Confronto com a Ex!
Putinga é conhecida como a “Cidade do Meteorito”. Mas tem muitos outros fatos interessantes rolando por lá. Neste pleito de 2020, por exemplo, o município vive a expectativa de um curioso embate na majoritária. A ex-vereadora Diana Dalberto (PSD) é pré-candidata a prefeita. Já o ex-marido Claudiomiro Cenci (PP) é o atual prefeito e quer a reeleição.
Todos contra a Covid-19
A Secretaria de Saúde de Nova Bréscia lança nova campanha de conscientização. Denominada “Um por todos e todos contra a Covid-19”, a ação terá distribuição de materiais gráficos, faixas e outdoor, e disseminação de mensagens com as regras e medidas adotadas pela municipalidade. A cidade de 3,3 mil habitantes possui oito casos ativos e não registrou óbitos.
Novas empresas
Em Teutônia, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sidnei Eckert, divulgou dados sobre inscrições de novas empresas e microempresas, e também as baixas registradas neste primeiro semestre de 2020. Até dia 29 de julho, foram 255 e 91, respectivamente. Já no mesmo período do ano passado foram 214 e 104.
Atenção, pré-candidatos!
Patrocinar postagens nas redes sociais pode gerar dor de cabeça logo à frente. Nas eleições de 2016 e 2018, os Tribunais Regionais Eleitorais registraram diversos casos. No entendimento da Justiça Eleitoral, pré-candidatos que pagam para impulsionar publicações nas redes sociais antes do período eleitoral podem ser enquadrados em campanha eleitoral antecipada.
Horários
O nosso comércio de produtos não essenciais ganhou sobrevida até domingo. Um alento para quem sofre com restrições desde o início da pandemia. E, ao caminhar pelo centro de Lajeado, é impossível não perceber as aglomerações que se concentram nas agências bancárias – com seus mesmos horários de atendimento. E quem vai mexer neste vespeiro?