O modelo de Distanciamento Controlado deve ter alterações nas próximas horas. Após videoconferência da Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios, a maioria dos prefeitos de 27 regiões gaúchas optou para a criação de um modelo de gestão compartilhada dos índices de risco de contágio.
O funcionamento prevê que a definição das bandeiras precisa ser feita entre o governo Estadual e a representação das regiões de saúde. Para tanto, essas organizações locais precisam criar um comitê técnico, com profissionais de saúde e gestores públicos. Por meio da análise desse colegiado, seriam definidas as ações quanto ao distanciamento social.
As sugestões dos prefeitos serão avaliadas pelo gabinete de crise do Estado hoje à tarde. Só após isso será dada uma posição quanto a possíveis alterações no modelo de bandeiras.
No encontro, o prefeito de Imigrantes e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Celso Kaplan, defendeu uma imediata alteração nas regras. De acordo com ele, o modelo mais correto é garantir mais participação das organizações locais.
Como o Vale do Taquari foi considerado bandeira vermelha nesta semana, Kaplan frisou que a região tem feito sua parte e conseguido manter os índices de contágio estáveis. Por isso, considera injusta a classificação atual que restringe atividades econômicas. “Queremos uma posição ainda hoje. Podemos manter o comércio trabalhando, com algumas restrições. O problema não está ali.”
Na opinião de Kaplan, é preciso fazer um grande trabalho de conscientização e controle sobre a população. Considera que o desrespeito aos protocolos de distanciamento é responsável pelas transmissões da covid-19.
Conforme o secretário estadual, Agostinho Meirelles, o Estado continuará rodando o modelo de distanciamento. Pela construção coletiva, o pensamento do Executivo gaúcho é possibilitar que cada região possa auxiliar com um modelo local.
Essas adaptações terão de ser expressas em um decreto estadual. De acordo com o secretário, o modelo implementado em abril previa essa possibilidade. Então seria necessário apenas uma revisão em alguns artigos da norma anterior.
Quanto à implementação desse sistema adaptado não tem prazo para entrar em vigor, afirmou a secretária de Saúde, Arita Bergmann. “Vamos precisar de alguns dias para ajustes e orientação de como serão feitas as definições regionais e compensações para que não haja prejuízo à saúde.”