• Como o fisiculturismo mudou a sua vida?
Quando comecei a treinar pesava 132kg e tinha como objetivo apenas emagrecer, pois estava bem acima do meu peso ideal. Em torno de 1 ano e meio depois estava com 86kg, praticando musculação todos os dias, treino aeróbico três vezes por semana e com um plano alimentar bem estruturado, então decidi começar minha graduação em Educação Física por pegar gosto pela musculação. Com o passar do tempo fui percebendo que meu corpo respondia bem aos exercícios, ganhando musculatura e condicionamento físico, então acabei decidindo competir até para ver o quão longe eu conseguiria chegar. O fisiculturismo também ajudou a me tornar uma pessoa disciplinada e focada em meus objetivos.
• O que você mais gosta nesta modalidade?
Gosto do desafio corporal e mental que esse esporte proporciona, pois exige disciplina 24 horas por dia, sete dias por semana. E das várias amizades que fazemos em nossa trajetória, conhecendo novas pessoas nos treinos e campeonatos.
• E o que menos gosta?
Do preconceito sobre o esporte e o estilo de vida.
• O que é mais difícil de manter: dieta ou treino? Por quê?
Acho o treino a parte mais difícil de manter, pois independente de qualquer problema externo preciso dar o melhor de mim dentro da academia. A dieta em fase de competição também se torna um pouco mais complicada e restrita em função da diminuição de calorias e quantidade de comida, porém consigo me acostumar com essa diminuição tranquilamente.
• Como é sua dieta?
Atualmente estou em off-season, período “fora de temporada”, onde por não ter campeonatos próximos foco em uma dieta com alta ingestão calórica para ganho de massa muscular. Faço oito refeições por dia, sendo sete sólidas e uma líquida, sempre contendo alimentos saudáveis e nutritivos, optando por produtos naturais, integrais e sem açúcar.
• Quais as principais dificuldades que um fisiculturista encontra no Brasil?
Por ser um esporte pouco conhecido no Brasil, questões financeiras, falta de patrocínios e de incentivo se tornam grandes dificuldade. É um esporte caro se comparado a outros, o que requer um grande investimento mensal para se tornar competitivo.
• Existe preconceito em relação à modalidade?
Existe sim, tanto em relação à modalidade como em relação ao corpo. Muitas pessoas relacionam o físico com falta de inteligência ou ficam olhando como se fosse um “monstro”, mas quem se aprofunda mais sobre o esporte acaba tendo uma noção que para se ter um físico competitivo são necessárias muitas aptidões intelectuais e emocionais.
