“A dança desperta alegria, liberdade e empoderamento”

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“A dança desperta alegria, liberdade e empoderamento”

Professor de dança, Cristiano Souza da Silva possui projetos de “Dança Sênior” em quatro municípios do Vale, com mais de 500 idosos. Durante a pandemia, o morador de Encantado se reinventou e, para não abandonar os alunos, teve a ideia de levar uma caixa de som até a calçada e promover a dança com os idosos, respeitando os protocolos de distanciamento

“A dança desperta alegria, liberdade e empoderamento”
Créditos: Divulgação
Vale do Taquari

• O que a dança te desperta?

A dança nos atinge de diversas formas. Podem ser físicas ou emocionais. Para mim, poder dançar e trabalhar com a dança é sensacional. Me sinto gratificado. É por meio da dança e da música que eu viajo em boas lembranças. A dança também provoca a liberdade de me movimentar e melhorar meu condicionamento físico. A dança desperta alegria, liberdade, empoderamento, leveza e principalmente sociabilidade.

• Como você acredita que a dança impacta na vida das pessoas?

Eu sempre cito o autor Canevacci que diz que ‘corpo é um mapa cultural’. A dança é fundamental para o desenvolvimento pessoal e coletivo. Dançar por si só já é um exercício que regula o metabolismo e o organismo. Meu projeto com idosos, neste tempo de pandemia, não podia parar porque traz uma melhora significativa para eles. Além dos benefícios para a saúde mental. Acredito que quando dançamos estamos interagindo com a sociedade, com o meio, colocando nossa mente para trabalhar de maneira positiva.

• Como era o grupo de dança antes da pandemia?

Antes da pandemia, eu ministrava quatro projetos de dança Sênior em quatro municípios, sendo os grupos “FelizIdade”, em Pouso Novo, “Praticando Saúde”, em Anta Gorda, “Vida Ativa”, em Relvado, e “Comunidade Ativa” em Fazenda Vilanova. Nestes quatro projetos atendia cerca de 500 idosos com mais de 60 anos.

Eram aulas semanais com cada grupo que formavam 26 turmas com aulas de dança e dinâmicas de grupo. Além dos encontros programados, também organizava reuniões com outros grupos de cidades diferentes. Em um destes eventos, em outubro de 2019, juntei na Feira ExpoFaz, de Fazenda Vilanova, mais de 600 idosos da região no primeiro Encontro de Dança para a Terceira Idade do Vale do Taquari.

• Por que, mesmo em meio à pandemia, seguir levando a alegria por meio da dança?

Com achegada da pandemia, fui impedido de reunir os idosos que integram meus grupos. Busquei alternativas para manter o contato e fortalecer os vínculos com os alunos. Resolvi, em parceria com as administrações municipais de Relvado, Anta Gorda e Fazenda Vilanova, organizar aulas virtuais por meio de transmissões ao vivo. Foi quando me deparei com um obstáculo. Nem todos os idosos tinham acesso à internet ou redes sociais para me acompanhar.

Me surgiu a ideia então de levar a música e a dança até a calçada da casa deles. O primeiro município a aderir foi o de Relvado. Nosso projeto foi o pioneiro no estado. Em seguida, as cidades de Anta Gorda e Fazenda Vilanova também abraçaram o projeto. Hoje eu levo a dança até os idosos.

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