Município estima prejuízo de R$ 9 milhões na barranca do rio

impacto da cheia

Município estima prejuízo de R$ 9 milhões na barranca do rio

Governo aguarda homologação do decreto de emergência para agilizar projeto de recuperação do trecho que registrou desmoronamentos na rua Rubens Feldens

Município estima prejuízo de R$ 9 milhões na barranca do rio
Maiores danos ocorreram em dois pontos da rua Rubens Feldens. Foto: Gabriel Santos
Vale do Taquari

Um das vias de acesso mais utilizadas para chegar a Cruzeiro do Sul, a rua Rubens Feldens sofreu com os efeitos da cheia histórica do rio Taquari há três semanas. Foram registrados desmoronamentos às margens do rio, danificando a pista, dificultando o tráfego de pedestres e veículos e também colocando em risco situação de algumas famílias.

Somente neste trecho, os prejuízos foram imensos. Levantamento preliminar do governo municipal estima que sejam necessários mais de R$ 9 milhões para a recuperação da barranca do rio. O município agora aguarda o reconhecimento do decreto de emergência por parte do governo federal para a liberação de recursos.

O projeto de reconstrução do trecho será elaborado pelo setor de engenharia da prefeitura assim que o decreto for homologado. “O primeiro passo para nós é a homologação, que pode ocorrer a qualquer momento. Em cima disso, vamos fazer o projeto detalhado para que seja feita essa obra de contenção”, explica o prefeito Lairton Hauschild.

Há dois pontos preocupantes, nas proximidades do Bar do Milton, enquanto o outro fica próximo ao cruzamento com a rua Relindo Dullius, ambos em Passo Estrela. São cerca de 630 metros a serem recuperados, segundo o projeto provisório apresentado em Brasília. “Inicialmente projetamos um traçado novo no outro lado, mas após receber orientação da Defesa Civil nacional, decidimos recuperar o que foi destruído pela cheia”, salienta o prefeito.

Ao todo, Cruzeiro do Sul registrou R$ 13,8 milhões em prejuízos decorrentes da cheia do rio Taquari. No cálculo, também entram custos com a reconstrução de moradias de famílias afetadas pela enchente e de prédios públicos.

Profundidade

O projeto de recuperação da barranca ficará a cargo do engenheiro civil Carlos Persch. Segundo ele, o valor da reconstrução pode ser maior ou menor, já que o apresentado é uma estimativa. “Tem que fazer um levantamento do fundo do rio, com aparelhos que medem a profundidade da água”, projeta Persch.

Para o engenheiro, trata-se de uma obra complicada de ser executada e que, mesmo quando for recuperada, existe o risco de desmoronamentos se o rio subir novamente. “Na frente do bar, o desbarrancamento chegou no limite do asfalto. Ali foi colocada uma defensa. Mas se passa um caminhão pesado, pode piorar as coisas”, alerta.

 

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