Contratos sigilosos preocupam cooperativas na Reforma Tributária

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Contratos sigilosos preocupam cooperativas na Reforma Tributária

O presidente-executivo da Dália Alimentos acredita que estado sairá perdedor caso aprovem a proposta sem alterações

Contratos sigilosos preocupam cooperativas na Reforma Tributária
Carlos Alberto de Figueiredo Freitas participou do programa A Hora Bom Dia, desta terça-feira. Créditos: Divulgação
Estado

O presidente-executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, participou do programa A Hora Bom Dia, desta terça-feira, dia 28, para expôr os desafios do setor de alimentos, a situação das exportações e os aspectos da cooperativa para a reforma tributária.

Na visão de Freitas, o país passa pelo melhor momento no quesito exportações principalmente para a China, pois o país necessita da carne e grãos. “A longo prazo, acredito que a China poderá ser concorrente na venda de carnes. Eles são grandes compradores até estabelecer uma produção lá. No futuro, isso pode ocorrer e complicar as exportações”, analisa.

Conforme Freitas, quando um país percebe que é um grande importador e os preços estão aquecendo, ele tende a estabelecer barreiras convencionais para criar um certo medo no fornecedor. “As vezes, eles não respeitam as negociações internacionais e estabelecem regras para barrar importações, como é o caso da BRF e Minuano, para baratear o produto”, avalia.

Agronegócio e o meio ambiente

Na relação do agronegócio com o meio ambiente, Freitas concorda com o posicionamento do deputado federal Alceu Moreira, quando o assunto é a exportação para a Europa. “O Brasil possui uma legislação ambiental rigorosa e há ataques por parte de alguns países da Europa que se sentem ameaçados pela produção brasileira. Pode haver desmatamento ilegal, mas o país também sobre ataques ambientais”.

Reforma Tributária do Estado

Para Freitas, todos os governantes que apresentam propostas para reforma tributária aumentam a carga de impostos para o setor da agricultura. “O estado arrecada muito, mas também gasta muito”, acredita.

Conforme ele, o pacote proposto agora ainda está sendo analisado por autoridades do setor. “Porém, já percebemos que os governadores olham para o agronegócio como uma possível fonte para aumentar a arrecadação. Alguns pontos indicam que a carga tributária para agroindústrias familiares, e assim, elas perdem competitividade com as concorrentes nos demais estados”, afirma.

“Eu acredito que se aprovada do jeito que está o estado sairá como perdedor. Pode até arrecadar mais de imediato, porém a médio e longo prazo a reforma pode tirar a competitividade do estado”, avalia.

Referente aos benefícios cedidos pelo estado para empresas multinacionais ou de fora, o presidente-executivo da Dália explica que estas empresas têm contratos sigilosos com os governos. “Já conversamos com líderes e deputados que defendem o setor para externar os possíveis contratos existentes para que não haja benefícios somente para alguns”, explica.

Confira a entrevista na íntegra:

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