O limiar de imunidade coletiva ao coronavírus pode ser alcançado em uma determinada região se cerca de 10% a 20% da população foi infectada. Esse é o resultado de um estudo divulgado no dia 24 de julho na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.
O assunto foi abordado pelo comentarista do Entre Aspas, Fernando Röhsig, na programação do Frente e Verso de hoje.
Röhsig lembra que o resultado do estudo se contrasta com a previsão inicial que 100% da população teria de ser infectada para acabar com a contaminação em massa. “É um dado positivo que impacta os procolos. Talvez nem todo mundo vai precisar se vacinar”, exemplifica caso a projeção do estudo se confirme na prática.
Outro desdobramento positivo é a diminuição de risco de ocorrer uma segunda onda da pandemia.
“Nosso modelo mostra que não é preciso sacrificar a população deixando-a circular livremente para que a imunidade coletiva se desenvolva. Por outro lado, sugere que também não há necessidade de manter as pessoas em casa durante muitos e muitos meses, até que se aprove uma vacina”, afirma à Agência FAPESP a biomatemática portuguesa Gabriela Gomes, atualmente na University of Strathclyde, no Reino Unido.
O modelo matemático ao qual a pesquisadora se refere foi desenvolvido em colaboração com cientistas do Brasil, Portugal e Reino Unido.
Com informações da IstoÉ
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