Buracos na pista, pontes destruídas e muita destruição. Este é o cenário na ERS-129, principal rodovia entre os municípios de Estrela e Colinas, atingida pela enchente de 8 de julho. Um levantamento feito pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (DAER) estima um prejuízo de R$ 1,7 milhão.
O morador Ilário Krieger, 61, de linha Beija Flor, mora próximo ao quilômetro 50 da rodovia. Ali um buraco de aproximadamente 10 metros foi aberto e dificulta o tráfego de veículos e ciclistas. Parte do asfalto foi arrancada. “Isso nunca tinha acontecido. A água invadiu praticamente toda a pista e causou muitos prejuízos”, diz.
Dono de uma serraria, Krieger também calcula uma perda de R$ 80 mil com a cheia do rio Taquari. “Perdi minha empresa, meu carro, trator e tudo o que tinha dentro de casa”, relata.
As condições da rodovia preocupam o prefeito Sandro Hermann, que retornou ontem de Brasília. Segundo ele, no primeiro momento, o município esteve em contato com o Daer para a liberação do trânsito e agora aguarda a repararação dos danos. “A estrada é de responsabilidade deles. Queremos a recuperação imediata de todo o trecho de Colinas”.
Herrmann também fala da importância da rodovia para o escoamento da produção. “É uma rodovia de 1996 que nunca recebeu a devida manutenção, apenas tapa buracos. Com a enchente, o cenário piorou”. Segundo o prefeito, passa pela ERS-129 toda a produção da cidade, além de ser um atrativo turístico aos ciclistas da região.
Abaixo-assinado
As condições da ERS-129 pautaram uma videoconferência entre o presidente da câmara de vereadores de Estrela, João Braum (PP), o presidente da câmara de colinas, Rodrigo Horn (MDB), e o secretário estadual de Transportes, Juvir Costella. “Ele está ciente da situação e prometeu melhorias na próxima semana”, dizem.
Para Braum, a enchente foi uma oportunidade para cobrar o Piratini por melhorias na rodovia. “Encaminhamos ofício junto ao estado. Se isso não resolver, vamos mobilizar a comunidade com abaixo-assinado”, adianta.
A informação também é confirmada por Horn. Segundo ele, o estado tem conhecimento do problema em Colinas. A principal cobrança é pelo recapeamento dos pontos críticos na rodovia e os pontos atingidos com a última enchente. “É um perigo. O movimento ali é intenso, tanto de caminhões, veículos e ciclistas. Temos trechos que estão intrafegáveis”.
