“Carro para ninguém botar defeito”

inovação sustentável

“Carro para ninguém botar defeito”

Morador de Lajeado, o inventor do primeiro veículo elétrico do Brasil tenta registrar a segunda versão do automóvel. A inovação conta com parceria da Universidade de Passo Fundo e de uma empresa catarinense

“Carro para ninguém botar defeito”
Conforme Inventor, segunda versão é mais segura do que a primeira, de 2014. Foto: Divulgação
Lajeado

João Alfredo Dresch, morador de Lajeado, criou uma nova versão do carro elétrico, o “JAD”. O novo veículo é produzido em parceria com estudantes de engenheira da Universidade de Passo Fundo (UPF) e a fábrica catarinense de motores automotivos WEG.

Dresch esteve no programa Redação das Ruas, da Rádio A Hora 102.9, na manhã de terça-feira, 21 e contou detalhes da invenção. “O reitor da UPF veio me procurar porque todo mundo está pensando em produzir carro elétrico e eu já estava rodando com o meu aqui em Lajeado”, declarou.

O primeiro JAD foi desenvolvido em 2014. O inventor demorou dois anos e sete meses para emplacar o automóvel. A segunda versão está pronta, mas ainda não é registrada junto ao Departamento de Trânsito do Estado (Detran RS).

Hoje, João Alfredo Dresch vai a Passo Fundo, onde buscará assinatura dos demais desenvolvedores e encaminhar o processo de legalização da rodagem do automóvel. “Acredito que em 15 dias vai estar emplacado e eu vou estar rodando com ele”, espera Dresch.

O JAD 2 é maior e mais seguro do que a primeira versão. O modelo é de um minicarro, para dois ocupantes. Dresch assegura que a nova versão, mesmo compacta, transporta dois passageiros com conforto. “Não interessa o tamanho da pessoa, se é alta, se é baixa, tem regulagem nos bancos”.

Dresch diz que, apesar do tamanho, carro é confortável para dois ocupantes. Foto: Divulgação

O carro demora 2h30 para recarregar a bateria, que não deve acabar antes do veículo rodar 120 quilômetros.

“Pode ir daqui a Porto Alegre com ele. Sem problema nenhum. Eu fiz o carro para ninguém botar defeito”, garante Dresch.

Inspiração que veio da Itália

Em entrevista ao programa Redação nas Ruas de ontem, na Rádio A Hora 102.9, o inventor contou que a ideia surgiu em uma viagem à Itália, em 2009.

Os únicos carros autorizados a entrar no centro histórico de Roma são os elétricos. A medida é considerada adequada pela sustentabilidade ecológica e a mobilidade urbana. Com construções milenares, as ruas mais antigas do Velho Continente costumam ser estreitas.

Na capital italiana, assim como em outros países, os carregadores são disponibilizados gratuitamente em espaços públicos.

“Eu estava em Roma e uma guria encostou o carro no meu lado. O carro sem barulho, sem nada. Achei estranho e pedi para olhar o carro por dentro”, conta.

A condutora atendeu a solicitação e deixou o veículo aberto para que Dresch examinasse.

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