Os quatro cães resgatados em situação de maus-tratos pela ONG Protetores dos Animais de Taquari (Apat), Brigada Militar (BM) e Patrulha Ambiental (Patram), estão em recuperação em um lar voluntário, em Taquari. Os animais estavam em estado de saúde crítico em uma casa na rua Fidélis Machado, no bairro Rincão São José.
A voluntária da Apat, Cleonice Teresinha de Almeida, relata que a ONG recebeu uma denúncia anônima no domingo, que informava o estado dos animais. Em uma visita à residência para confirmar a situação, as voluntárias levaram ração, a qual foi recusada pelos tutores. “A equipe da ONG foi insultada pelos moradores da casa”, conta.
Na segunda-feira, com apoio da BM e da Patram, as voluntárias retornaram ao local e realizaram o resgate. Conforme o capitão da BM, Fábio Cézar Bilhar, os cães foram encontrados em situação de crueldade. “Os quatro cachorros estavam esqueléticos, expostos a chuva e frio em um local enlamado. Era visível que estavam há dias sem comer”, relata.
O capitão Bilhar esclarece que os cães eram utilizados para caça e, para isso, o tutor deixava os animais sem alimentação por dias de forma proposital. “A ideia era de que com fome, os cães iriam com mais gana até a presa”, informa.
Conforme Cleonice, os animais não apresentam distúrbios no comportamento por terem sido utilizados para caça. “Eles são extremamente dóceis. Atacavam as presas pois sentiam muita fome”, reforça.
Um veterinário acompanhou a ação e atestou a situação em que os animais se encontravam. Eles foram removidos do local e encaminhados a um lar temporário, na casa de Cleonice. Conforme a voluntária, eles ficarão sob sua responsabilidade até se recuperarem. “Quando estiverem bem, na avaliação do veterinário, serão encaminhados para adoção”, afirma Cleonice.
O homem de 20 anos que estava de posse dos cães recebeu um Termo Circunstanciado. Ele responderá criminalmente por maus-tratos.
Apat
A ONG de Taquari não possui um abrigo municipal para encaminhar os animais resgatados. Desde a sua criação, em 2013, a Apat conta com voluntários que cedem suas casas como lares temporários até conseguirem tutores fixos para os animais. Interessados em auxiliar a ONG podem contatar a voluntária Cleonice pelo telefone (51) 99523-7172.
Conforme Cleonice, o trabalho da ONG é de orientação e de auxílio para tutores que, as vezes, não têm condições de cuidar do animal. “Levamos ração, prestamos apoio e, quando necessário, resgatamos”, relata.