Lajeado pede que pacientes de fora não contem para definir bandeiras

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Lajeado pede que pacientes de fora não contem para definir bandeiras

Cálculo do Estado não distingue pacientes de outras regiões. Município avalia que há prejuízos a regiões com situação controlada

Lajeado pede que pacientes de fora não contem para definir bandeiras
Créditos: Arquivo
Vale do Taquari

O governo municipal de Lajeado pede ao governo do estado a revisão de um dos fatores utilizados pelo estado na classificação de bandeira, do sistema de Distanciamento Controlado.

Na avaliação do município, o número de paciente internados não leva em conta quantos são de fora da região. “A situação aqui está sob controle e o modelo de cálculo não está observando isso. Estamos conversando com o estado para buscar alternativas e corrigir essa distorção”, afirma o prefeito Marcelo Caumo.

O município busca que o estado revise este critério ou, ao menos, a forma de interpretá-lo, para que os pacientes de outros locais internados nos Vales não prejudiquem a classificação regional. Caumo avalia que a situação do Vale do Taquari é estável e que a região dá suporte a outras em que a situação está mais complicada.

“No modelo atual, tem muito peso a situação estadual e isso influi nas regiões. Nessa região, que está sob controle, a pontuação está subindo porque a situação principalmente da região de Porto Alegre está mais delicada”, avalia.

58% de pacientes de fora

O assunto foi tratado em reunião na tarde dessa quarta-feira, com a participação de Caumo, do diretor executivo do Hospital Bruno Born, Cristiano Dickel, e representantes do comitê que gere o sistema estadual.

Um ofício deve ser encaminhado ao estado nesta quinta-feira, 15, pedindo que seja alterada a forma de interpretar o número de internações, levando em conta os pacientes que são de fora.

De acordo com os dados apresentados no documento, de 40 pacientes internados em UTIs covid, 23 são de outras regiões, boa parte da região metropolitana de Porto Alegre. O número representa 58% das internações.

Pedido ao estado

No documento, o governo afirma que o cálculo pode desestimular a criação de novos leitos em regiões onde a situação da pandemia do novo coronavírus está mais controlada. O documento reitera pedido semelhante protocolado pela Amvat (Associação dos Municípios do Vale do Taquari) no dia 19 de junho.

O texto afirma que “uma macrorregião que venha a receber muitos pacientes de fora da sua área acaba por ser penalizada duas vezes: pelos pacientes de outras macrorregiões internadas em sua área e pelo dado geral de leitos livres do Estado“.

A macrorregião dos vales inclui ainda as regiões de Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul, cidades que tiveram a classificação alterada para bandeira vermelha na semana passada. Após recurso, Santa Cruz do Sul retornou à laranja.

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