Enchente histórica: “A hora não é de achar culpados, é de resolver”

Previsão das cheias

Enchente histórica: “A hora não é de achar culpados, é de resolver”

Instalação de pontos de medição pela cidade e ampliação com sistema de controle estadual são medidas citadas pelo prefeito de Lajeado para aprimorar previsões sobre as cheias

Enchente histórica: “A hora não é de achar culpados, é de resolver”
Marcelo Caumo participou do programa Frente e Verso na manhã de hoje
Lajeado

Encontrar soluções para aprimorar a previsibilidade sobre as cheias do rio Taquari. Esse é o objetivo do governo de Lajeado após a enchente histórica que atingiu pico de 27,39 metros. Para o prefeito Marcelo Caumo, “a hora não é de achar culpados, é de resolver”.

Ontem, o governo se reuniu com a Acil para abordar ações preventivas aos danos na enchente. Uma delas, conforme Caumo, é a instalação de marcos com medições do nível das águas do rio pela cidade. O primeiro equipamento deve ser fixado no Parque dos Dick em um prazo de 30 dias

Conforme o prefeito, os marcos terão uma régua com medição e marcas das enchentes antigas. Na avaliação dele, os equipamentos podem servir de balizador para próximas cheias e auxiliar até no caráter educativo com a população.

“Se dissermos que a água bateu sete metros acima do ponto da lagoa no Parque dos Dick o pessoal não acredita”, exemplifica.

O prefeito cita outros pontos que devem receber os marcadores: a Rua Bento Rosa, na altura da Ponte Seca, e no centro antigo, no ponto conhecido como bairro Praia.

Outra açã abordada pelo prefeito foi a implantação de um canal direto entre Lajeado e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “Podemos acompanhar junto com o Estado, hidrologistas e meteorologistas o desenvolver dos fenômenos naturais, assim garantido dados de forma mais rápida”, analisa.

Para isso, a região terá de ser reclassificada como de alto risco para fenômenos como a cheia – atualmente está no estágio intermediário. O governo participou de reunião com o subchefe estadual da Defesa Civil, Rodrigo Dutra, para abordar o assunto.

Caumo também falou sobre a retirada de famílias em áreas alagáveis. Conforme ele, há um trabalho focado na área do novo parque às margens do rio Taquari. Neste local, há famílias que eram relutantes em sair, mas com a força da última cheia já apontam predisposição para permutas.

Bandeira vermelha

O prefeito também abordou a preocupação com a possibilidade da microrregião de Lajeado ser classificada com a bandeira vermelha na próxima rodada do Modelo de Distanciamento Controlado do RS.

Conforme Caumo, a região possui dados favoráveis, entretanto há preocupação com a ocupação de leitos na UTI por pacientes de outras áreas do estado. “Atender esses pacientes aqui é fundamental, entretanto pedimos para que eles sejam computados como pacientes de suas regiões de origem”, relata.

Caumo destaca que a ocupação de leitos por pacientes de fora impacta cinco dos 11 indicadores do Modelo de Distanciamento Controlado.

Ouça a entrevista completa:

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