Movimento pede liberdade do trabalho em meio à pandemia

Santa Clara do Sul

Movimento pede liberdade do trabalho em meio à pandemia

Grupo formado em Santa Clara do Sul promoveu abaixo-assinado e pretende levar reivindicação para a Assembleia Legislativa

Movimento pede liberdade do trabalho em meio à pandemia
Vale do Taquari

Respeitar os protocolos de higienização e distanciamento social, mas continuar trabalhando. Essa é a reivindicação de um grupo denominado Movimento Popular, em Santa Clara do Sul. Formado por profissionais de diversas áreas, eles criticam as restrições econômicas promovidas pelo Modelo de Distanciamento do RS e pedem a “preservação de direitos e de empregos”.

O movimento iniciou faz cerca de uma semana, quando integrantes do grupo conversavam informalmente sobre as dificuldades em meio à pandemia do coronavírus. “Nossa crítica é a generalização. Como vou dizer que meu trabalho não é essencial se comparado com o de um farmacêutico, se também preciso do emprego?”, argumenta um dos representantes do grupo, Tiago Schorr.

Em dois dias da semana passada, o grupo juntou 428 assinaturas para um abaixo-assinado – a maioria de moradores de Santa Clara do Sul. No documento, destacam insatisfação com decisões tomadas pela “Câmara de Deputados, Senado, STF e governo do Estado” que tiram “direitos do povo”.

Para Schorr, a adesão mostra o descontentamento da população sobre a forma como o governo estadual conduz as estratégias contra a pandemia.

Em entrevista a Rádio A Hora 102.9, Schorr esclarece que em nenhum momento o grupo desmerece ou negligencia a pandemia. “A iniciativa é para proteger empregos. Independente da situação de cada um, todos foram afetados pelo distanciamento”, reforça.

Conforme ele, economia e saúde caminham juntos. “Queremos questionar se o modelo de distanciamento imposto aos municípios é realmente o ideal”, explica.

Apoio na câmara

Integrantes do movimento popular participaram da sessão da câmara de vereadores de quarta-feira, 8. Na tribuna, Schorr expôs o abaixo-assinado e pediu o fim do “abre e fecha” do comércio, assim como o incentivo do trabalho.

Presidente do Legislativo, Márcio Haas destaca que os vereadores se sensibilizaram com a causa. “Hoje se perde um emprego, amanhã outro. Esse movimento está preocupado com isso. Tem a covid-19, mas o abre e fecha pode ser pior”, analisa.

Uma moção de apoio ao movimento deverá ser votada na sessão de hoje, informa Haas. Se aprovada, a moção deverá ser encaminhada para outras câmaras da região e deputados estaduais. Conforme Schorr, objetivo do movimento popular é que o tema seja tratado na Assembleia Legislativa.

A ideia de Schorr é que o Legislativo do município encaminhe o abaixo-assinado para o Executivo do estado.

Ouça a entrevista na íntegra:

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