Empresários cobram melhor controle sobre cheias

rescaldo da enchente

Empresários cobram melhor controle sobre cheias

Inundação causou prejuízos às empresas que ficam nas margens do Rio Taquari. Grupo liderado pela Acil se reúne hoje, a partir das 9h, com o governo municipal

Empresários cobram melhor controle sobre cheias
Lajeado

A maior enchente dos últimos 60 anos desabrigou centenas de famílias e também trouxe prejuízos para empresas. Como o nível da água subiu muito rápido, muitas não tiveram como salvar equipamentos e produtos.

Para evitar novos episódios como o da semana passada, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), junto com um grupo de sete empresários, se reúne na manhã de hoje com o prefeito Marcelo Caumo.

A associação quer respostas sobre os encaminhamentos da cidade para ampliar o sistema de monitoramento e cobrar para que o alerta seja mais eficaz. Em cima disso, o intuito dos empresários é melhorar a comunicação entre os setores de controle com a sociedade civil e empresas, para que seja possível ter mais tempo de ação antes da chegada da água.

Uma das empresas mais atingidas foi a STW Automação. A sede fica na rua Bento Rosa. “A água começou a chegar pouco depois das 15h. Começamos a levantar os equipamentos e produtos, mas foi insuficiente”, conta o diretor Ricardo Kober.

A organização trabalha com painéis eletrônicos para automação de indústria. Materiais que não podem pegar umidade e nem molhar. “Ao que nos parece, as medições foram falhas. Como não tínhamos experiência com inundação, acabamos tendo um grande prejuízo.”

Encomendas que estavam prontas para a entrega foram perdidas. O muro e a cerca da empresa também caíram. Além disso, diversas máquinas foram danificadas. No escritório, conta Kober, a água alcançou 50 centímetros.

Pelos cálculos preliminares, o prejuízo alcançou R$ 200 mil. “Se tivéssemos sido alertados antes, poderíamos pegar algumas carretas, carregar e salvar boa parte das máquinas, equipamentos e produtos”, lamenta. Na avaliação dele, as empresas deveriam ser alertadas com no mínimo 12 horas antes do episódio.

Na sexta-feira da semana passada, o Grupo A Hora promoveu um debate com os prefeitos das maiores cidades atingidas pela enchente e também com a participação do pesquisador e professor do Departamento de Hidromecânica e Hidrologia da Ufrgs, Walter Collischonn.

Na ocasião, as autoridades municipais se comprometeram em criar uma comissão regional, unir entidades como a Univates, Codevat, Amvat e Famurs para a retomada do sistema de monitoramento iniciado por meio de recursos da Consulta Popular há cinco anos. Também de buscar audiências com os órgãos responsáveis pelo monitoramento das situações climáticas para ter uma resposta sobre como ocorreu à análise dos dados sobre essa enchente.

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