Em videoconferência agora pela manhã, prefeitos, gestores de saúde e secretários municipais analisam a situação da pandemia no RS e no Vale do Taquari. Com números em crescimento, as autoridades temem que o Vale do Taquari passe para a bandeira vermelha.
O anúncio semanal do grau de risco estadual ocorre amanhã. O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, sugere um maior controle nas cidades pelas próximas duas semanas.
O diretor executivo do Hospital Bruno Born (HBB), Cristiano Dickel, alerta que a ocupação dos leitos de covid-19 no RS cresce e impacta sobre a análise de dados também do Vale do Taquari. Em termos regionais e também de Cachoeira do Sul e Santa Cruz, que fazem parte da macrorregião, os últimos dias mostram ascensão nos atendimentos, internações e óbitos.
Caso essa curva siga em crescimento, há risco de a região ter mais restrições e volte para a bandeira vermelha.
“Das 7h20min até as 9h30min, a região teve um crescimento de 15 pacientes internados na macorregião. Isso implica diretamente no cálculo das bandeiras”, frisa Dickel. De acordo com o diretor, o atendimento no hospital cresceu quando houve mais movimentação em Lajeado. “Os parques estavam cheios, muitas pessoas na rua. Percebemos que aumenta o atendimento tanto na UPA quanto no hospital.”
O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, não acredita que essa mudança ocorra nesta semana. “Nossos índices estão baixos e, sem dúvida, temos de manter a vigilância.”Mesmo assim, os gestores públicos pretendem definir uma estratégia de defesa para recorrer em caso de uma análise para mais restrições ao Vale do Taquari.
Outro assunto tratado na reunião foi à implantação de um protocolo regional para uso do kit de medicamentos com a cloroquina. Conforme o secretário de Saúde de Lajeado, Claudio Klein, as substâncias devem ser aplicadas em casos de risco e no início dos sintomas, para evitar o agravamento, internações e óbitos.