Um projeto de vacina contra o coronavírus teve resultados promissores em exames clínicos nos Estados Unidos. As doses produzidas pela empresa BioNTech e a farmacêutica Pfizer foram testadas em 45 voluntários. O resultado dos estudos foram divulgados nesta quarta-feira, 1º de julho, pelo portal norte-americano Medrxiv.org.
A vacina foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e alguns deles neutralizaram o vírus. No entanto, ainda não se sabe se esse nível mais alto de anticorpos é realmente capaz de gerar imunidade à doença. Em breve, a Pfizer irá conduzir novos estudos com objetivo de provar que quem tomou a vacina é 50% menos vulnerável ao vírus.
Alguns voluntários também apresentaram efeitos colaterais. 75% do grupo que recebeu a maior dosagem (30 microgramas) apresentou febre. As pessoas estudadas também relataram distúrbios de sono. Os ceintistas, porém, não consideraram os efeitos colaterais sérios e não resultaram em hospitalizações.
As empresas não divulgaram as diferenças dos efeitos da vacina por gênero, etnia ou faixa etária. As próximas fases do teste também serão nos Estados Unidos. Caso nenhum outro problema seja constatado, a companhia produzirá até 100 milhões de doses até o final deste ano e mais 1,2 bilhão até o final de 2021.
Outras três vacinas apresentaram bons resultados em estágio inicial. Os projetos da Moderna, da CanSino Biologics e da Inovio Pharmaceuticals também foram promissores.
A vacina desenvolvida em Oxford, na Inglaterra, ainda é a que traz mais esperança a comunidade científica. Os exames clínicos desse projeto buscam amostras em todo o mundo na terceira etapa. No Brasil, pelo menos, 5 mil pessoas serão testadas. Ao todo, as doses foram aplicadas em 50 mil voluntários.