Dificuldade em adquirir remédios preocupa UTIs

estrutura hospitalar

Dificuldade em adquirir remédios preocupa UTIs

No Vale do Taquari, três hospitais sinalizaram estoques baixos e problemas na reposição. Há relatos do mesmo problema em outros estados

Dificuldade em adquirir remédios preocupa UTIs
Paciente estava internado desde o dia 26 de maio. Crédito: Arquivo A Hora
Vale do Taquari

Além do desafio de ter que ampliar leitos e criar setores isolados para paciente de covid-19, gestores de Unidades de Tratamento Intensivo enfrentam nova dificuldade. Medicamentos necessários à intubação de pacientes, como sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares, correm risco de faltar. Com estoques baixos, os hospitais têm dificuldade de adquirir os remédios junto a fornecedores.

No Vale do Taquari, três hospitais relataram o problema à 16ª Coordenadoria Regional de Saúde: Bruno Born, de Lajeado; Santa Terezinha, de Encantado; e Hospital Estrela. Na prática, o problema atinge todas as UTIs da região, pois o setor criado em Taquari ainda não tem pacientes.

São drogas que auxiliam o ventilador a trabalhar, causam analgesia e relaxamento muscular. A substâncias são adicionadas conforme a gravidade do caso. Em quadros graves, um mesmo paciente pode precisar dos três tipos de medicação.

Pacientes na UTI

Os medicamentos são necessários para manter pacientes intubados. A escassez tem relação com o aumento da demanda, em função da pandemia do coronavírus. Paciente com covid-19 que precisam de internação em UTI permanecem internados por vários dias.

A falta destes remédios pode piorar a situação de falta de oxigênio no sangue e não tratar o avançado da doença, piorando o prognóstico.

Estado faz levantamento

A compra desses medicamentos é de responsabilidade dos hospitais junto aos fabricantes e distribuidores. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), neste momento de pandemia, foi identificada uma dificuldade de aquisição de medicamentos de uso hospitalar em pacientes portadores da covid-19 em nível nacional.

A SES fez um levantamento do estoque existente e do consumo diário nos hospitais do Plano de Contingência Hospitalar do RS.

Problema nacional

Há registro de situações semelhantes em pelo menos outros dois estados: Minas Gerais e Espírito Santo. Em Belo Horizonte, a projeção da secretaria de saúde é que os estoques durem mais duas semanas. O Ministério da Saúde prepara uma licitação nacional para suprir essa carência emergencial.

Acompanhe
nossas
redes sociais