A expectativa da comissão de Lajeado de um retorno das turmas dos 3º anos das escolas privadas da cidade está mais distante. Em transmissão agora à tarde, o governador Eduardo Leite descartou as aulas presenciais para julho.
De acordo com ele, a segunda etapa do planejamento do calendário escolar, que deveria ser apresentado no dia 15 de junho, foi revisto e que alguma mudança só será implementada em agosto.
Conforme o chefe do Executivo Gaúcho essa revisão foi analisada pelo gabinete de crise e considera o cenário epidemiológico de coronavírus no Estado. A determinação vale para as redes estadual, municipal e privada, além das universidades e cursos técnicos.
Os detalhes a respeito da estratégia para o ensino gaúcho serão apresentados na segunda-feira, em nova videoconferência. “Nós projetávamos o retorno para o início de julho e isso, evidentemente, já não acontecerá. O mais provável é o retorno para o mês de agosto e por etapas”, frisou Eduardo Leite.
Além da aceleração nos contágios, outro motivo que fez o governo recuar é o fato do aumento das doenças respiratórias nos primeiros meses de inverno. De acordo com Leite, essa situação provoca aumento da demanda hospitalar e poderia sobrecarregar ainda mais os hospitais.
Com relação ao ensino nas plataformas digitais, o governador disse que apenas metade dos estudantes da rede estadual se cadastraram na plataforma Google for Education. Quanto ao retorno das aulas práticas em laboratórios, para o ensino técnico e universitário, continuam em vigor. Turmas em final de curso seguirão autorizados a aulas práticas, desde que respeitados os protocolos de segurança.
Plano frustrado
A estratégia do comitê de Lajeado era levar um projeto de retomada das aulas presenciais para turmas do 3º ano do Ensino Médio da rede privada. O assunto havia sido tratado com a secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann.
Com base nos números de testes, na prevalência do vírus entre jovens e crianças e nos indicadores de ocupação dos leitos hospitalares, o município pretendia criar uma experiência.
Seriam definidas as turmas, com testes em todos os alunos. Antes das aulas e depois de 15 dias dos encontros. As amostras seriam encaminhadas ao laboratório da Univates e os resultados seriam balizadores da continuidade ou não das aulas.
O comitê local foi criado na primeira semana de junho. Conta com a presença de autoridades públicas, professores, diretores e representantes da comunidade escolar, cada cidade precisa elaborar um plano para retomada das aulas.