Pesquisa feita pela Univates e pelo governo municipal chega à segunda etapa. Os resultados das amostras e estatísticas sobre a prevalência do novo coronavírus em Lajeado serão apresentados hoje, a partir das 9h30min. O evento será transmitido pela internet.
O diagnóstico tem como objetivo mapear os indicadores de contágio e o perfil da infecção por covid-19 na população. Nesta fase, foram testadas 1,1 mil pessoas em todos os bairros de Lajeado.
As visitas às residências ocorreram entre o dia 13 até 18 de junho. Ao todo, 42 pessoas formaram as equipes nas ruas. Foram divididas em 26 duplas, sempre com um funcionário da universidade e um acadêmico da área de saúde.
Todos os participantes passaram por um curso, conta uma das pesquisadoras, a professora da Univates, Ioná Carreno. Desde como usar os equipamentos de proteção, como retirar, a importância da higiene e também na aplicação dos testes.
Dentro das residências, é sorteado um morador para ser testado. Ele assina um termo de autorização para depois passar pela triagem.
A equipe coleta uma gota de sangue, mede o abdômen e a temperatura do participante. Depois é aplicado um questionário com três temáticas. Primeiro abordam questões socieconômicas da família, histórico de doenças, sendo crônicas ou agudas e, por fim, o grau de distanciamento social adotado durante a pandemia. A terceira e última saída a campo ocorre do dia 27 deste mês até 1º de julho.
Resumo da 1ª fase
A primeira etapa ocorreu do dia 30 de maio até 4 de junho. Foram 1.450 amostras. Deste total, 45 (3,1%) testaram positivo para o novo coronavírus. A prevalência é 14 vezes maior do que a encontrada pelo levantamento estadual feito pela Universidade de Pelotas (UFPel).
Frente a prevalência da pesquisa, a estimativa é que haveria 2 mil pessoas contaminadas na cidade. Como Lajeado tinha 1.440 casos confirmados no término da pesquisa, pode ser uma das cidades com a menor subdetecção (subnotificação) do Estado.
Dos participantes, 952 eram mulheres (65,7%) e a média de idade foi de 49,5 anos. Entre o total dos participantes, 61 trabalhavam em frigoríficos. Destes, sete foram positivos. Com os dados e ajustes estatísticos, a primeira etapa apontou que a probabilidade da doença entre industriários dos frigoríficos é 207% maior que para demais trabalhadores.