O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa), do governo da Argentina, confirmou que uma nuvem de gafanhotos, vinda do Paraguai, avança por províncias e pode chegar à fronteira gaúcha. A nuvem é monitorada desde o dia 28 de maio, conforme informações da Metsul.
A praga avançou cerca de 100 quilômetros para a província argentina de Formosa. Lá existem muitos produtores de mandioca, milho e cana de açúcar, e do Chaco até chegar à província de Santa Fé. Agora a nuvem ruma para Entre Rios e Córdoba.
Há alerta na província de Corrientes, que faz fronteira com o oeste do Rio Grande do Sul. O território provincial, incluindo a fronteira gaúcha, foi colocada em estado de atenção pela Senasa. A extensão da nuvem detectada pode chegar a dez quilômetros.
Na participação diária ao programa Frente Verso, o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, da Metsul, acrescentou que o Paraguai é um país que sofre com os gafanhotos, principalmente em função dos insetos causarem danos nas plantações e pastagens. Devido à seca no país, os gafanhotos migraram para outras regiões.
Conforme Nachtigall, a nuvem de gafanhotos estaria se deslocando para o sul do território argentino. Portanto, não deve chegar ao estado. “Áreas como o Vale do Taquari não correm nenhum risco, a princípio”, tranquiliza.
Autoridades aguardam tempo frio e chuvoso para frear o avanço dos gafanhotos.
Confira um vídeo, gravado na semana passada, do fenômeno ao norte de Santa Fé, na Argentina.