Polícia cria cartilha com alerta sobre golpes

estelionato e pandemia

Polícia cria cartilha com alerta sobre golpes

Aumento de estelionatos durante distanciamento social mostra desconhecimento da população sobre condutas de criminosos

Polícia cria cartilha com alerta sobre golpes
Vale do Taquari

Análise da Secretaria Estadual de Segurança Pública aponta para um crescimento de 25% nas ocorrências de estelionato durante o isolamento social. A comparação foi feita com o mesmo período do ano passado e desnuda a necessidade de orientação dos gaúchos para não caírem em fraudes.

Como forma de contribuir para evitar esses crimes, a Polícia Civil lançou uma cartilha com dicas de como as pessoas podem se proteger dos falsários. O documento começou a ser divulgado nessa quinta-feira e detalha como são cometidos os principais crimes, que vão desde o uso de informações de outro para tentar o auxílio emergencial, vendas pela internet, clonagem do WhatsApp, até o golpe do bilhete premiado.

Quinze dos principais golpes na internet têm a sua forma de operação esmiuçada pela cartilha. Em Lajeado, os registros cresceram a partir de março.

Em entrevista concedida à Rádio A Hora, o delegado de Márcio Moreno afirmou que há pelo menos três explicações para a elevação desse tipo de crime. Passe pela possibilidade de registros on line, onde a vítima faz o próprio registro. Também pelo fato de criminosos estarem migrando de atividade, pois há redução em diversos indicadores, como assaltos e furtos. Por fim, a participação de presidiários nestes golpes.

Pela análise do policial, os falsários se escondem em uma aparente veracidade. Como no caso das vendas pela internet. São criados perfis falsos de lojas, com preços muito abaixo do mercado. No contato, o vendedor afirma que se trata da crise e que a empresa está fechando. Isso acaba passando a sensação de um bom negócio para o comprador.

“WhatsApp fantasma”

De acordo com a polícia, a clonagem do número de WhatsApp tem sido recorrente. Começou a ser percebida no ano passado e se alastrou durante a pandemia. O modelo faz com que pessoas informem o número de contato em sites de vendas. Com isso golpistas entram em contato se passando por funcionários do site.

O falso trabalhador informa que para o anúncio ser validado, necessita de um código que chegará por mensagem de texto (SMS). Nesse instante, o criminoso tenta logar no WhatsApp com o número da outra pessoa, o que faz com que o aplicativo envie para a vítima uma mensagem com um código de verificação.

Erroneamente, quando esse número – que é o código de segurança do aplicativo – chega no celular da vítima, ela informa para o criminoso, tornando possível ao fraudador concluir a clonagem do número.

“Cuidado nunca é demais e, nesse contexto de internet, a informação é uma arma poderosa que pode prevenir o cometimento de inúmeros crimes”, afirma a Chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor.

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