A “muvuca” em torno do ex-assessor parlamentar do Senador Flávio Bolsonaro merece toda a atenção da mídia. Chega de menosprezar e fechar os olhos para as “rachadinhas”. Não podemos naturalizar esses crimes contra o dinheiro do contribuinte, sob a pena de institucionalizarmos a corrupção. Tal como na Operação Lava Jato, quando o criminoso do colarinho branco viu a corda apertar no pescoço, é preciso aproveitar esse fato para escancarar o lado imoral dos Cargos Comissionados (CCs). Inclusive, no Vale do Taquari.
É fato. Todo Cargo Comissionado tem um risco potencial de “rachadinha”. E por isso é preciso toda a atenção aos fatos já decifrados no caso de Fabrício Queiroz. A filha dele, por exemplo, também atuava como Assessora Parlamentar, mas não costumava aparecer no ambiente de trabalho. Pior. Ela mantinha um serviço “paralelo” de personal trainner. E não é preciso ir muito longe para verificar casos muito semelhantes aqui mesmo na nossa região. Ou seja, é preciso aproveitar este momento para mudarmos paradigmas.
E para que isso ocorra com um mínimo de efetividade, é preciso separar o joio do trigo. Mais precisamente, e por enquanto, é preciso separar o pai e o filho. As investigações que atingiram dezenas de deputados e ex-deputados federais cariocas nunca teve o filho do presidente Jair Bolsonaro como alvo principal. Quiçá o próprio chefe do Executivo federal. Pelo contrário. Há outros envolvidos com cifras muito superiores aos contracheques de Queiroz. E todos precisam ser punidos com o mesmo e necessário rigor da lei. Inclusive, Flávio.
Mas, ao politizarmos de forma exagerada a matéria, corremos o risco de perder o cavalo encilhado. Foi assim com a Lava Jato. Hoje, poucos lembram – sem recorrer ao Google – como era o modus operandi que surrupiou bilhões do nosso dinheiro. Mas todos lembram que Lula foi preso no final. Por fim, eu não estou inocentando ou cobrando a prisão do “clã” Bolsonaro. Nem A ou B. Só torço por uma investigação apartidária, que leve a cabo a origem deste problema específico e crie mecanismos para estancar essa grave sangria.
Já as supostas relações com a milícia carioca são um capítulo à parte. E por sinal, muito interessante!
PSDB e o MP
de 45 dias para o Governo de Lajeado apresentar o resultado da sindicância que analisa um contrato de publicidade firmado sem licitação pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), cujo secretário é o presidente do PSDB local, Carlos Reckzigel. O representante da empresa em questão era ex-estagiário da Secel e filiado ao PSDB.
PSDB e PSB
Em Teutônia, o PSB anuncia que “não apoia mais a Administração Municipal” do prefeito Jonatan Brönstrup (PSDB). Com isso, a coligação dos tucanos tende a perder apoio físico e tempo no rádio durante o Horário Eleitoral. O anúncio é do coordenador Regional do PSB, o suplente de vereador Fernando Fernandes – que também é coordenador do Sine, em Estrela.
MP e Câmara de Estrela
Na sexta-feira pela manhã, uma audiência virtual reuniu o prefeito de Estrela, Carlos Rafael Mallmann (MDB), a Secretária da Saúde, Ledi Baum, representante da direção do Hospital Estrela, e a vereadora Débora Martins (Republicanos) – que é a presidente de uma Comissão Parlamentar que avalia os gastos públicos no combate á Covid-19. Na pauta, o uso dos recursos públicos da área da saúde no Pronto Atendimento e no combate à Covid-19.
MP e Câmara de Estrela II
O prefeito demonstra tranquilidade. Segundo ele, a reunião virtual foi satisfatória. “Foi muito boa. Restou esclarecido o procedimento do município, o qual foi referendado pelo técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que participou da reunião. Portanto, acredito que não será aberto inquérito.” Ele ficou de entregar ao MP o contrato entre prefeitura e hospital. Ex-Secretário de Saúde, Elmar Schneider (PTB) não foi chamado para participar do diálogo virtual.
MP e Câmara de Estrela III
O caso ganhou maior repercussão após a exposição das conversas virtuais (foto) entre o promotor de justiça Daniel Cozza Bruno, Débora Martins, e o presidente da Câmara de Vereadores João Braun (PP). Nos vídeos, denúncias contra o Executivo sobre a terceirização do Pronto-Atendimento do hospital e a aplicação de recursos de emendas e de combate à Covid-19. Aliás, após a divulgação dos vídeos, o MP classificou o procedimento como “Reservado”.