“ELE NASCEU PARA O RÁDIO”

Perda na Imprensa

“ELE NASCEU PARA O RÁDIO”

Familiares e amigos se despedem de Milton Fernando Weizenmann, vítima de covid-19, e exaltam legado de cordialidade e profissionalismo

“ELE NASCEU PARA O RÁDIO”
Weizenmann coordenava a Rádio Encantado AM e o Jornal Opinião. Créditos: Divulgação/Facebook
Vale do Taquari

Familiares, amigos e colegas de imprensa deram adeus, ontem, ao radialista e locutor Milton Fernando Weizenmann, de 60 anos. Ele estava internado no Hospital de Estrela desde 6 de junho e lutava contra a covid-19. O corpo de Weizenmann foi cremado no Memorial Crematório São José, em Caxias do Sul.

Milton Fernando iniciou a trajetória na imprensa no O Informativo do Vale. Antes disso, trabalhou por muitos anos na empresa Incomex, de Arroio do Meio. Após a passagem pelo jornal, atuou na Rádio Alto Taquari, de Estrela, e foi gerente na Rádio São Gabriel, ambas do Grupo Tchê de Comunicação. Atualmente, coordenava a Rádio Encantado AM e o Jornal Opinião, do Grupo Encantado.

“Estou há 15 dias sem poder abraçar eles”

O filho Rafael Ferrari Weizenmann descreve o pai como um homem íntegro que levava a vida com muita alegria. “Sempre nos ensinou a seguir pelo caminho certo, dando bons exemplos e nos orientando. Era o nosso pilar”, relata.

Rafael conta que seu pai e sua mãe foram infectados pelo vírus. “Estou há 15 dias sem poder abraçar eles, mesmo em um momento de dor. É uma doença muito dolorosa. Sofremos a distância. É torturante não poder me despedir do meu pai”, desabafa.

Milton Fernando deixa a mãe, Renata Weizenmann, a esposa Néli Ferrari Weizenmann, os filhos Rafael e Josiane, e três netos.

“Amor pela profissão”

Amigos há quase 20 anos, o radialista Alexandre dos Santos relembra o vizinho e parceiro de trabalho com muita alegria. “Tínhamos uma relação diária, pois íamos juntos a Encantado. Passou a ser uma relação muito além de apenas colegas. O Milton Fernando era um amigo, um confidente”, descreve.

Santos relata que Weizenmann amava seu ofício como comunicador. “Ele nasceu para o rádio. Antes mesmo de trabalhar em meios de comunicação, ele já amava a profissão.” Conforme Santos, a cordialidade foi seu grande legado. “Ele podia divergir de alguns pensamentos, mas sempre respeitava o próximo”, relembra.

Imprensa regional em luto

Os profissionais de imprensa da região lamentaram a morte do colega nas redes sociais. A Associação dos Profissionais de Imprensa do Vale do Taquari (API) emitiu uma nota de pesar em homenagem a Weizenmann.

A nota lamentou o falecimento do profissional. “Perdemos um amigo, um grande profissional e um grande ser humano. Os sentimentos aos familiares e colegas de serviço. Que o Deus todo poderoso o receba no paraíso eterno.”

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