O impacto da pandemia se reflete na quantidade de frequentadores do Shopping Lajeado. Mesmo após quase um mês seguido de portas abertas, o principal centro comercial e de lazer do Vale do Taquari ainda registra menos da metade do movimento se comparado com o período antes do coronavírus.
A constatação é do superintendente Nelson Noschang, baseada na quantidade de veículos que passam pelo shopping. A média normal era de 500 a 600 por dia. Atualmente está em cerca de 160 veículos em dias da semana e 300 no sábado ou domingo.
Para Noschang, a impossibilidade de abrir o cinema e a sala de jogos é um dos fatores responsáveis pela queda de público. “Além das lojas, muitas pessoas vem até o shopping em busca de entretenimento”, analisa o superintendente.
Hoje, o shopping tem cerca de 60 estabelecimentos comerciais em funcionamento. Apenas o Burger King está fechado temporariamente devido à decisão corporativa. O estabelecimento deve reabrir no dia 25 de junho. A praça de alimentação funciona até às 20h. Após, até às 22h, ainda é permitido a tele-entrega de produtos.
Noschang reforça que o shopping possui uma série de cuidados para evitar o contágio da covid-19 como o uso obrigatório de máscaras, medição da temperatura e álcool em gel para frequentadores na entrada.
“Estamos nos tornando PhD em controle da saúde e aguardando para a situação melhorar”, ressalta. O shopping também adota medidas como ocupação de 50% da capacidade das lojas e filas com distanciamento de dois metros.
Impacto entre os lojistas
Proprietária da Vitrola Livraria e Papelaria, Simone Pinto Camara estima diminuição de 70% no movimento. Mesmo o feriado de Corpus Christi e Dia dos Namorados não empolgou tanto a clientela, afirma. “O pessoal está vindo mais por necessidade do que por lazer”, acredita.
Responsável pela Moinho Di Trento e Bloom’s Burger, Beatriz Munhoz percebe uma retomada lenta no movimento normal do shopping. “As pessoas estão querendo sair de casa”, analisa. A empresária elogia a administração do shopping em meio à pandemia e destaca que a tele-entrega acabou sendo uma das soluções para fidelizar a clientela na pandemia.
