A ONG Amando, Protegendo e Ajudando Muitos Animais (Apama) de Lajeado, passa por um dilema no período de pandemia. Por um lado, o número de adoções aumentou, por outro os parceiros da organização percebem um alto índice de abandonos. A diretora da ONG, Ana Rita da Silva Azambuja participou do programa Frente e Verso, desta segunda-feira, e esclareceu as dificuldades enfrentadas pela Apama.
Entre as novas adoções, Ana Rita percebeu que uma tendência diferente. “Antes, os cães mais idosos ou com alguma deficiência ficavam anos aguardando um novo lar. Agora, acredito que as pessoas estão mais sensibilizadas e passaram a procurar por estes animais”, explica.
Conforme ela, tem uma série de fatores que determinam que o cachorro é idoso como a arcada dentária, indícios de problemas cardíacos, entre outros. “Mesmo sem termos a idade certa deles, temos algumas indicações e por isso, algumas pessoas preferem os cães mais jovens”, esclarece.
Ana Rita avalia que mesmo com o aumento na procura pela adoção, ainda prevalece o número de abandonos. “Além de Lajeado, também prestamos suporte a municípios como Estrela, Fazenda Vilanova e Cruzeiro do Sul”, reforça.
Auxílios das administrações municipais
A administração municipal de Lajeado fornece à Apama duas castrações semanais. Ana Rita avalia o número como baixo, pois 90% do trabalho da ONG é realizado em Lajeado e as castrações não suprem a quantidade de cães resgatadas.
A Apama, conforme a diretora, é mantida por voluntários. “São empresas e pessoas físicas, por meio de suas doações fixas ou esporádicas, que sustentam nossos gastos. Só em ração, temos o custo de R$ 11 mil por mês”, relata.
Em abril, Ana Rita diz que as doações diminuíram em R$ 5 mil, se comparado a meses passados. “Isso nos preocupou. Eu achei que chegaria na minha casa, onde fica a sede da Apama, e não teria como alimentar os animais”, relembra.
Com apoio das redes sociais e voluntários, a ONG lançou uma campanha de arrecadação e os valores voltaram a suprir as necessidades. São cerca de 240 cães que ficam na sede em Conventos.
Os animais oriundos de Estrela são castrados no município, por meio da Associação Estrelense de Proteção aos Animais (Aepa). Em Fazenda Vilanova, voluntários do município castram e levam até a ONG de Lajeado. Já em Cruzeiro do Sul, não há nenhum programa neste sentido.
Como ajudar
Os interessados em auxiliar a ONG podem entrar em contato via Facebook ou via telefone WhatsApp 51-9 9552.8190.
Confira a entrevista na íntegra:
