Pandemia impulsiona e-commerce

Adaptação

Pandemia impulsiona e-commerce

Vendas pela internet se tornaram uma alternativa às empresas do setor do comércio. Comportamento dos clientes também mudou e muitos fizeram sua primeira compra online desde março

Pandemia impulsiona e-commerce
Isolamento social transformou tendência de e-commerce em necessidade para diversas empresas / Crédito: Mateus Souza
Lajeado

A pandemia do coronavírus alterou a rotina de praticamente todos os setores produtivos da economia. O comércio, sem dúvidas, foi um dos mais impactados, principalmente com as restrições e até a proibição das atividades, em algumas semanas. Para amenizar a crise e reduzir o prejuízo, a saída para muitos foi se reinventar a partir da internet.

Já estabelecido em empreendimentos comerciais de grande porte, o e-commerce cresceu durante a pandemia. Lojas que antes funcionavam apenas no modo tradicional, com as vendas físicas, passaram a apostar na comercialização online para se manter. E tem obtido bons resultados.

Diretor de uma empresa que desenvolve sites e lojas virtuais, Júlio Henrique Lazzaron percebe como a procura pelo serviço cresceu. “Quando não se tem opções e o comércio local se fecha ou tem restrições, é preciso buscar alternativas. No começo, muitas lojas não davam bola para o e-commerce, mas agora começaram a partir para esse plano B”, salienta.

Lazzaron trabalha há 12 anos com e-commerce. Chegou a residir em Santa Catarina antes de voltar a Lajeado, por perceber que a demanda pelo serviço crescia na região. Para ele, esta era uma tendência, que foi acelerada pela pandemia. “Lá, já era normal até entre os pequenos negócios Aqui, está começando agora este movimento maior. Principalmente as lojas de porte médio acordaram para isso, e agora as pequenas também”, avalia.

Primeira compra

Assim como muitos estabelecimentos apostam no e-commerce, há também um interesse maior dos clientes em comprar produtos pela internet. Conforme uma pesquisa da Infobase Interativa, 13% da população brasileira fez compras virtuais pela primeira vez em 2020. Outros 24% estão fazendo mais aquisições online.

“Minha mãe, por exemplo, nunca tinha feito uma compra online e agora fez. Pessoas que não compravam antes ou levariam mais tempo para aderir ao sistema agora estão fazendo isso. Sempre se teve condições, mas era mais cômodo apostar na venda física”, comenta Lazzaron.

Outro dado, da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), mostra que, na primeira quinzena de março, houve um aumento de cerca de 35% nas compras online, se comparado com o mesmo período de 2019.

Reinvenção na rede varejista

Com 75 anos de atuação no setor varejista, a Rede Lojas Prata lançou sua plataforma de e-commerce e também criou uma rede de revendedores no estado. Alternativas encontradas para superar a pandemia.

Segundo o diretor da rede, Rômulo Vier, o empreendedor precisa desmistificar a venda online. “É mais simples abrir um e-commerce que uma nova loja física. Basta ter a resiliência, pois se lida com coisas novas e se dedicar para a plataforma”, explicou, em entrevista à Rádio A Hora 102.9.

A Prata possui plataforma de vendas desde 2009 e o trabalho foi aperfeiçoado ao longo dos anos. “
“O e-commerce com carinho acaba sendo a maior vitrine para as lojas físicas”, salientou.

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