Síndrome de Burnout: o esgotamento profissional

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Síndrome de Burnout: o esgotamento profissional

Especialistas revelam os principais sintomas da doença e como ela atinge a população, na primeira live do Conversa Franca

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Sentimento de incapacidade, estresse, cansaço excessivo e dificuldade de concentração são alguns dos sintomas da Síndrome de Burnout, transtorno psíquico que atinge inúmeros profissionais devido a carga excessiva de trabalho. Cada vez mais comum, a doença foi tema da primeira live do Conversa Franca, que ocorreu no dia 10 de junho, com a participação da psicóloga e coaching Márcia Werner e do psiquiatra, Olivan Morais, e mediação do médico oncologista do CRON, Hugo Schünemann.

O termo inglês “burnout” significa queimar por completo, e remete as pessoas que sofrem com o esgotamento das energias físicas e emocionais, por conta da rotina desgastante. Normalmente, os fatores que desencadeiam a síndrome tem ligação com as relações interpessoais abusivas e a designação de tarefas exaustivas. “O burnout é uma resposta que nosso corpo dá diante de uma situação de estresse cronificado… Ele tem uma particularidade, diferentemente de outras patologias, que é a relação especifica com o trabalho”, explica Márcia.

Nos dias de hoje é comum encontrar nas empresas um único profissional que exerce a tarefa de três ou quatro pessoas. No entanto, o excesso de trabalho e preocupação podem trazer consequências graves para a saúde das pessoas, pois o corpo fica mais vulnerável a doenças. Segundo o psiquiatra, a síndrome possui três estágios, que incluem o isolamento e a despersonificação. “Muitas vezes os próprios colegas percebem mudanças no comportamento da pessoa. Quando a doença atinge o nível de insatisfação profissional, até convites para atividades que antes ela gostava de ir, não se tornam nada atraentes”, salienta Morais.

Embora os casos de Síndrome de Burnout tenham crescido, Márcia e Morais observam que pouco se fala sobre o transtorno e muitas vezes se confunde com depressão e ansiedade. Os primeiros estudos que envolveram a síndrome datam a década de 70 e, segundo o psiquiatra, a maioria deles aponta a satisfação com o trabalho como principal fator de proteção para evitar a doença.

Hoje, sabe-se que o Burnout atinge profissionais que trabalham, principalmente com o cuidado ao próximo e diretamente com pessoas. “Isso inclui profissionais da saúde, segurança, motoristas e educadores”, destaca Márcia.

Como diagnosticar a Síndrome de Burnout?

Todo diagnóstico de doença necessita de uma avaliação médica. No caso da Síndrome de Burnout, o ideal é que a pessoa procure um psicólogo ou psiquiatra, profissionais que podem indicar terapias cognitivas e eventuais medicamentos para crises mais graves. “Não estamos falando de uma coisa que aconteceu há pouco tempo. Na verdade, não se fala em Burnout em menos de três meses, é um episódio contínuo, uma combinação de fatores”, explica Morais.

É possível prevenir a doença?

A melhor forma de prevenir a síndrome é aderir a condutas saudáveis que evitam o desenvolvimento da doença. Segundo o Ministério da Saúde, são estratégias que auxiliam a diminuir o estresse e a pressão no dia a dia, como participar de atividades de lazer com amigos e familiares, evitar o contato com pessoas “negativas” ou que reclamam do trabalho, fazer atividades físicas regularmente, não se automedicar, entre outros.

Sintomas do Burnout

Físicos:

– Cansaço;

– Baixa imunidade (ficando doente com frequência);

– Dores de cabeça frequentes ou musculares;

– Alteração no apetite ou

– Alteração no sono.

Emocionais:

– Sentimento de fracasso e dúvidas sobre seu desempenho;

– Perda de motivação;

– Perspectiva negativa;

– Diminuição da satisfação e do sentimento de realização.

Comportamentais:

– Retirada de responsabilidades;

– Isolamento da equipe;

– Procrastinação;

– Ignorar novas demandas;

– Chegar tarde ou sair cedo.