“O poder das crenças: como as diferentes culturas estão lidando com a nova realidade” foi o assunto da edição deste sábado do programa Pra Você, na Rádio A Hora 102.9.
Foram convidados Ruben João Tenn Pass, médium e trabalhador de ramatís; Mônica Müller, teóloga com experiência pastoral; e Jeferson Queiroz, preceitado no budismo zen.
Pass pratica o espiritismo há 15 anos. Ele é presidente da Associação Espírita Ramatís, com sede em Lajeado, e fez um breve relato sobre a doutrina, também falou sobre o conceito da mediunidade e de como aderiu aos ensinamentos de Allan Kardec.
“O ideal seria procurar uma casa espírita pelo amor, mas a maioria é por causa de uma dor. Continuo me tratando com os médicos referente a essa situação, mas diante dos entendimentos da filosofia espírita, consigo levar uma vida tranquila, substituindo algumas coisas e me sentindo bem, realizado”, salienta.
Sair da zona de conforto
Para Mônica, o momento atual de pandemia fez as igrejas saírem da “zona de conforto”, se readaptando para manter o vínculo com os fiéis. “Esse momento veio para mexer com nossas estruturas e nos fazer mais criativos. Estamos com os cultos transmitidos de maneira online mas estaremos retomando as atividades presenciais, com todos os cuidados, em um amplo espaço”, salienta.
Monica ressalta que o “ser cristão” é algo aberto para todos, bastando crer em Jesus. “Todos podem fazer parte deste mundo cristão e evangélico, de seguir a Jesus e seus ensinamentos. Seguimos o princípio do amor, da graça e da salvação”, afirma.
Budismo no ocidente
O budismo é sempre muito ligada ao oriente, por ter surgido na Índia. Contudo, passou a ser propagada pelo ocidente com maior intensidade a partir da segunda metade do século XX, após a invasão do Tibet pela China. Hoje, é uma filosofia já consolidada, com muitos adeptos inclusive no Brasil.
“Estamos falando de algo que existe há 2,6 mil anos, mas que no ocidente está há pouco mais de 60 anos. O budismo é complexo. Não é uma coisa que podemos alcançar simplesmente no dia a dia”, explicou Queiroz, que é preceitado no budismo zen (originário do Japão). “Eu sigo 16 preceitos. Não posso matar, roubar, romper, usar drogas em modo geral. Alguns são mais monástiscos também”, explica.
