Quando a internet fortalece relações

DIA DOS NAMORADOS

Quando a internet fortalece relações

Alana e Gustavo Hausmann se conheceram por meio um aplicativo de relacionamento e casaram-se em 2018. A extinta rede social Orkut ajudou Iasmine Eidelwein, de Bom Retiro do Sul, a conhecer seu namorado, que mora em Recife

Quando a internet fortalece relações

Quando instalou o Happn – aplicativo de relacionamento – em seu celular, a estudante de Direito, Alana Lisik Hausmann, 24, não tinha a intenção de procurar o grande amor de sua vida. Mas quis o destino que, a partir de uma conversa como outra qualquer, se formasse um relacionamento e, posteriormente, um casamento.
Alana conheceu o designer Gustavo Hausmann, 29, pelo aplicativo em novembro de 2017. Um mês depois, os dois se conheceram pessoalmente, através de um grupo de amigos. Passaram a conviver quase que diariamente até que, em junho de 2018, veio uma proposta por parte de Gustavo, a qual Alana pensou se tratar de uma brincadeira.


“Ele se ajoelhou, do nada, e me pediu em casamento. Eu comecei a rir, pedi para ele levantar e disse sim. Achei que fosse brincadeira. Mas uns dois, três dias depois, disse que estava indo contar para a família dele. Tinha escolhido até a data do casamento”, recorda. Os dois noivaram naquele mês e, em dezembro, veio o matrimônio.

O fato do envolvimento de Alana e Gustavo ter iniciado de maneira virtual não chega a ser uma novidade. É cada vez mais comum casais se formarem a partir de conversas pela internet, seja em aplicativos específicos para relacionamentos, ou mesmo em redes sociais que possuem outras finalidades.

“Queríamos estar juntos”

Quando decidiram se casar, Alana e Gustavo surpreenderam os familiares, que não esperavam por um desfecho tão rápido. Também enfrentaram algumas críticas de outras pessoas, sobre como os dois se conheceram. Nada que abalou a relação.

“Foi um susto no início, mas depois, quando conhecemos nossos sogros, todos ficaram mais tranquilos. E uma das coisas que conversávamos é de que nos amávamos e que queríamos estar juntos. Quando decidimos casar, ele veio morar comigo em Estrela. Eu já morava sozinha, e isso facilitou”, comenta a jovem.

Alana lembra que tinha um certo preconceito em relação a aplicativos de namoro. Mas conseguiu enxergar os pontos positivos. “As conversas na internet são muito engessadas. No início senti bastante receio, mas nada como o contato pessoal. O aplicativo facilita muitos encontros, mas eles devem ser reais. Tem que ir com a mente aberta”, opina.

Amor e distância

Quem passou a ter acesso a internet a partir de 2004 certamente utilizou o Orkut alguma vez na vida. A rede social que teve seu auge entre usuários brasileiros deixou de existir em 2014, mas tem um lugar especial guardado no coração de muita gente. E também ajudou a unir casais.

Moradora de Bom Retiro do Sul, a advogada Iasmine Eidelwein, 31, conheceu o servidor público Gustavo Gusmão, 33, através do Orkut, em 2009. Após muitos anos de amizade e conversa, os dois oficializaram o namoro em setembro de 2017. Um relacionamento que supera barreiras como a distância, já que ele reside em Recife (PE).

Os dois se conheceram por acaso. Ambos frequentavam um grupo de discussões sobre futebol e participaram de um encontro nacional na capital pernambucana, que reuniu participantes de diversos estados. “Antes conversávamos como amigos. Aos poucos, foi fluindo”, recorda Iasmine. A paixão pelo esporte ajudou também a unir os dois, embora ela seja gremista e Gusmão torça para o Sport Recife.

Por conta da distância, os pais de ambos estavam desconfiados no começo do relacionamento. Sentimento que foi rapidamente ficou para trás. “Quando decidimos namorar, sabíamos o que estávamos fazendo e o que a gente teria que passar”, comenta Iasmine.

Planos alterados pela pandemia

Desde que oficializaram o namoro, Iasmine e Gustavo mantém uma média de quatro encontros anuais. Em 2020, ela visitou o namorado durante o Carnaval e viajaria novamente em março. Contudo, os planos foram alterados pela pandemia do coronavírus e deixam o casal angustiado sem ter a certeza de quando irão se ver novamente.

“Foi bem naquela semana em que fechou tudo. Consegui remarcar meu voo para setembro. Tenho uma esperança de conseguir viajar, mas vou esperar até metade de julho e, se for o caso, remarcar de novo”, diz. Já Gustavo tem passagem comparada para o Rio Grande do Sul em novembro.

Quanto ao futuro, os dois têm planos de morarem juntos. Porém, o período ainda é incerto. “A tendência é eu ir para Recife, mas no momento fica difícil fazer planos, pro conta da pandemia”, salienta Iasmine.

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