O médico Hugo Schünemann esteve no programa “Frente e Verso” na manhã desta sexta-feira, dia 12. O oncologista contou a história do tratamento ao câncer e, para isso, foi necessário contar a história da medicina que se mescla com a origem das civilizações.
Uma antropóloga francesa levou seus alunos para uma caverna para que eles pesquisassem fósseis. Com um fêmur em mãos, a professora perguntou aos estudantes “O que vocês veem aqui ?”, prontamente os alunos responderam que se tratava do osso da perna humana. No entanto, a cientista disse que “esse osso aqui é o começo da civilização”, pois o osso apresentava sinais de fratura e fora recuperado. Portanto, quando a humanidade começa a cuidar dos seus pares, marca-se o início das sociedades.
Entre avanços e retrocessos, a medicina evoluiu e, ao decorres dos séculos, criou uma percepção científica. Se antes curandeiros utilizavam chás, infusões e técnicas primitivas para cuidar dos enfermos, atualmente, máquinas de alta complexidade são utilizadas em hospitais de todo o mundo. Um dos equipamentos é o Raio-X, inventado pelo casal Curie.
A polonesa, Maria Curie, e o francês chamado Pierre Curie fizeram descobertas sobre a radiação. O mineral chamado rádio, que emitia luz, e outro mineral que também produz luz e calor, foi batizado de Polônio por Maria Curie, por conta de sua nacionalidade. O casal começou a estudar esses materiais radioativos e descobriram que isso tinha aplicações na medicina. Ao usá-los junto ao filme da máquina fotográfica, e focasse em uma pessoa era possível enxergar o osso. Assim, começou o raio-X.
Apesar do avanço que o raio-X foi em meados de 1600, hoje, o procedimento é muito perigoso. A radiação é controversa. A banalização de exames do tipo pode causar câncer em pacientes que realizarem o diagnóstico por foto radioativa com frequência. O oncologista acredita que os médicos devem ter cautela a prescrever exames para seus pacientes.
“Qual é o risco de eu fazer esse exame nesta pessoa se daqui a 30,40, 50 anos eu vou precisar fazer outros exames neste paciente?”, pondera o médico.
Ouça a entrevista na íntegra: