A secretária de Educação de Encantado, Greicy Weschenfelder, participou do programa Frente e Verso, desta terça-feira, dia 9, e esclareceu como o município trabalha com as aulas programadas e as expectativas em torno da retomada das atividades presenciais.
Segundo a secretária, todos os setores da educação terão perdas com o sistema de aulas remotas. “Não é um ano perdido, mas vamos demorar algum tempo para recuperar o prejuízo e os impactos do ano atípico que estamos passando. Vamos precisar de um esforço coletivo para superar”, afirma.
Conforme Greicy, é um momento de muita responsabilidade com o ensino remoto. “Precisamos agir rápido, mas com cautela. Fizemos um levantamento que apontou que 40% dos alunos de Encantado não possuem aceso à internet”, relata.
São cerca de 2 mil alunos e cerca de 800 não possuem acesso aos conteúdos digitais. “Contamos junto os alunos do ensino infantil. Mas o número que o estado passa, que apenas 15% não tem acesso eu afirmo que é maior no Vale do Taquari”, explica.
Preparação
Greicy diz que não é necessário apenas colocar um computador na frente dos estudantes. “É necessário uma preparação conjunta, de alunos e professores. Não vamos resolver com um curso online de um mês. A partir de agora o ensino remoto já deve ser ensinado na graduação dos professores”, afirma.
A secretária acredita que a área mais prejudicada serão as séries inicias, no processo de alfabetização. “O aluno precisa da mediação do professor para aprender. O ensino remoto só funciona com a maturidade”, avalia.
Atividades em Encantado
Como medida de prevenção, o município antecipou as férias de inverno e entregou conteúdos para alguns dias antes da definição do Conselho Nacional de Educação. “As escolas adotaram as redes sociais como método de ensino”, explica. A secretaria também planejou o calendário para recuperar as aulas perdidas.
A secretária afirma que todos os alunos do município estão recebendo conteúdos pela plataforma Google Classromm, por redes sociais ou então, por materiais físicos que são disponibilizados nas escolas ou levados até as casas dos estudantes.
Confira a entrevista na íntegra: