Jandir Betti, 62, de Linha Olinda – Nova Bréscia começou a criar frangos em 1990. Com investimento de R$ 5 mil ergueu uma estrutura de 25 metros quadrados para alojar 3 mil cabeças por ciclo.
Todo serviço era manual, desde o trato ao bombeamento da água. “Em um aviário chegava a encher 1,2 mil latas, cerca de 15 mil quilos de ração, tudo no braço”, recorda.
Com ajuda dos filhos Juliano, Cristiano e Luciano, os quais garantem a sucessão dos negócios, tudo progrediu. E com auxílio da tecnologia, o trabalho facilitado.
O sistema convencional deu lugar ao modelo Dark House, considerado o mais moderno na criação de aves da atualidade. São seis aviários com capacidade de alojar 340 mil frangos por lote. “Tudo é controlado em um painel: água, luz, temperatura e alimentação”, explica Cristiano.
A família Betti está entre os maiores produtores individuais no Estado e na América Latina. Os animais ficam confinados entre 28 e 30 dias e são abatidos com média de 1,4 quilos. Por ano, são produzidas mais de 2,3 milhões de cabeças. “O valor pago por ave é de R$ 0,35”, destaca Juliano.
E para driblar o problema da falta de energia elétrica, foram aplicados R$ 800 mil na instalação de placas fotovoltaicas. “Tecnologia, conhecimento e gostar do que se faz são os segredos para obter sucesso em qualquer negócio”, finaliza Luciano.
Destaque no país
O RS é o 3ªmaior produtor e exportador do país. São 30 frigoríficos, 7,5 mil integrados, 35 mil empregos diretos e mais de 500 mil indiretos. A avicultura gera 45% do valor bruto da produção pecuária e produz anualmente 1,6 milhão de toneladas de carne.
Em 2019, foram abatidos 819 milhões de aves no RS, um aumento de 3% em relação ao ano de 2018.
