Fundado em 1969, o Flor de Maio entrou para a história do futebol amador ao conquistar o título do Regional Aslivata em 2017, desde então vem fazendo boas participações na principal competição de clubes do Vales.
Localizado na Linha Travessa, interior de Venâncio Aires, o time é presidido por Luis Hinterholz, o “Neni”, o time está no terceiro campo desde a sua fundação na década de 60. “O Flor de Maio é tudo pra mim. Sempre tive ligação com a equipe, minha família integrou a direção.
Segundo ele, o time jogou o Regional Aslivata já em cinco oportunidades. Entre a década de 90 e início dos anos dois mil era uma outra estrutura aqui e não tivemos tanto sucesso. “Hoje temos uma sede estruturada aqui e jogamos a competição desde 2017.”
Qual a importância do Flor de Maio para a comunidade de Linha Travessa e para Venâncio Aires?
Luis Hinterholz – Sempre que tem uma sede esportiva, tem uma cancha de bocha e um futebol acontecendo, uma sede une a comunidade. O Flor de Maio é a ligação com toda a comunidade. O pessoal sempre nos deu força para fazer futebol. Estou a frente do clube há quatro anos. Sou muito grato a comunidade que sempre apoiou e compareceu em peso nos nossos eventos.
Hoje temos cerca de 200 sócios em dia. Durante os fins de semana temos três times de veteranos que movimentam a comunidade. Além disso, rifa, canastra e bocha são as iniciativas que o clube faz para deixar ele ativo.
Hoje Venâncio Aires tem duas competições de clubes amadores, como você avalia essa divisão na cidade?
Luis Hinterholz – Eu digo que é péssimo. Teria como se juntar. Entrar em um consenso fazer um campeonato com Série A e Série B, são várias situações que podem ser feitas. Existem vários campeonatos de salão então todos que são envolvidos com o futebol são os mesmos. Isso sobrecarrega as pessoas. Teria que ser limitado, não poderia ser tantos jogos. Têm atletas que jogam todos os dias e isso não tem como, uma hora o jogador se lesiona. Hoje você monta uma equipe para jogar o Regional e o atleta não vai desempenhar o que precisa. O investimento para o Regional é alto e isso acaba atrapalhando no desenvolvimento da equipe na competição. Cobrei isso dos guris no ano passado, onde nosso desempenho não foi tão bom. Não adianta o pessoal querer jogar tudo, pois eles não vão conseguir desempenhar o que realmente precisamos deles.
O que faltou para o Flor de Maio ter ido mais longe no Regional do ano passado?
Luis Hinterholz – Volto a repetir, pegamos o Atlântico nas quartas de final, sem desmerecer eles, mas minha equipe era mais qualificada que a deles, principalmente pelo que eles apresentaram no primeiro jogo. Eu tinha 20 jogadores nos dois jogos e não consegui ter força nem pra impor uma pressão em casa. Lá em Estrela tive azar de bolas na trave e aqui não consegui, pois sabia que os guris que estavam comigo jogaram outros campeonatos. Mas eles não me atenderam, querendo ou não quem faz futebol no sábado também coloca pressão para jogar e eles pegaram o compromisso. Para mim esse excesso de campeonatos atrapalha o desenvolvimento dos jogadores no campeonato mais importante no domingo.
Qual a projeção para 2020, vocês vão novamente para o Regional?
Luis Hinterholz – Cara a gente vai manter a decisão de ficar fora. Eu estava a frente do Flor de Maio, de fazer time, de conversar com os guris. Tenho um vinculo de amizade muito forte que com os atletas que atuaram aqui. Eu disse que neste ano ia priorizar a família. Meu filho nasceu e optei por não puxar a frente. Como não vou puxar a frente, o pessoal disse então que ia procurar um outro time. O Flor de Maio sequer participou do municipal neste ano. Em 2021 acreditamos no retorno. Vai ser uma outra situação e eu quero voltar já para o municipal. Vamos analisar ano após anos.
Ficha técnica
Nome: Esporte Clube Flor de Maio
Fundação: 01/05/1969
Local: Linha Travessa, Venâncio Aires
Títulos:
Campeão Regional categoria titular 2017
Tricampeão municipal de Venâncio Aires
Campeão da Copa Integração
