• Como foi sua entrada na vida política?
Eu comecei em na década de 1960 a trabalhar com o então prefeito de Arroio do Meio, Arnesto Dalpian. Em 1968, já concorri a vereador por Pouso Novo e me elegi. Dali em diante, participei das eleições. Em 1972, em Arroio do Meio, fui o mais votado. Arroio do meio era muito grande, fazia divisa com Putinga, Progresso, Soledade. Depois, em 1976, concorri a prefeito, no tempo dos militares e tive mandato de seis anos. Era eleição direta. Ali meu envolvimento era grande na região, Em 1979, me elegeram presidente da associação. Fiquei um mandato e parei uns anos. Quando emancipou Capitão, fui o primeiro prefeito.
• Em que profissão você atuou?
Trabalhei alguns anos com pedras preciosas. Deu para subir um pouquinho na vida. Procurava, martelava e vendia. Mas foi um trabalho violento esses anos de política. Estou aposentado faz cerca de 12 anos.
• O senhor foi eleito em todos os municípios onde viveu?
Não, morei em mais municípios, como Nova Bréscia e Coqueiro Baixo. Aqueles anos de presidente da Amvat foram muito bons, eu me dava muito bem com os outros prefeitos da região. Naquela época eu gostava muito do turismo, de festa, de movimentar o povo.
• Qual foi sua maior conquista na política?
Foi o trabalho que eu fiz na prefeitura [de Arroio do Meio]. Naquela época, não tinha emprego para quase ninguém. Consegui trazer empresas e dar emprego para quem queria e para gente que vinha de fora. Trouxemos a Minuano, a Incomex, a Copavi e mais algumas pequenas.
• Tem alguma coisa que gostaria de ter feito e não conseguiu?
Não. Na política, você pode ganhar e pode perder. Tive 18 anos de mandato, fui prefeito em dois municípios. Não é fácil. Gostava de trabalhar e atender o pessoal bem.
• Qual a importância da política para a comunidade?
O importante é o povo votar bem. Procurar saber, olhar, cuidar, conhecer e fazer a coisa certa. Isso que é importante. Se você analisa a nossa região, que beleza. Não falta nada, tudo funciona direitinho. É uma região super boa e isso depende do trabalho dos administradores.
• Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Teve diversas coisas, mas uma das que marcou, foi o presidente João Batista Figueiredo ir a Arroio do Meio inaugurar uma empresa, a antiga Copavi. Ele ficou tão amigo meu que eu não podia ir uma vez a Brasília sem fazer uma visita a ele. Ele me chamava de tocaio João. Ele era João Batista e eu também sou João Batista. Foram anos super bons. Foi muito trabalho, mas deu tudo certinho e me saí bem.
