Fepam licencia hidrelétrica na Cascata Santa Rita

Fim do banho na cascata

Fepam licencia hidrelétrica na Cascata Santa Rita

Empresa projeta início da obras para 30 dias. Liberação do órgão ambiental era a etapa que faltava para instalação do empreendimento

Fepam licencia hidrelétrica na Cascata Santa Rita
Instalação de usina impedirá banhos na cascata, que é um dos principais pontos turístico de Estrela. Créditos: Matheus Chaparini
Estrela

A Fepam emitiu a licença de instalação do empreendimento na Cascata Santa Rita. No tradicional ponto turístico, será criada uma central de geração de energia, espaço para atividades de educação ambiental e área de lazer. A licença foi concedida em 19 de maio.

A área de 1,6 hectares que inclui a cascata foi concedida em 2017 à empresa Salis engenharia, de Esteio. Conforme previsto no contrato de concessão, foi criada outra empresa, específica para o empreendimento, a ALS Geração de Energia, com sede em Biguaçu, Santa Catarina, que inclui outros sócios.

A licença de instalação era a última etapa que faltava para a empresa assumir a área. O município prorrogou diversas vezes o prazo de instalação em função do processo de licenciamento.

Com a liberação, a concessionária poderá dar início à construção da casa de força, subestação e linhas de transmissão e demais estruturas necessárias ao funcionamento da hidrelétrica.

Obras dentro de 30 dias

De acordo com um dos sócios do empreendimento, Luiz Alvaro Leitão, a concessionária está contratando uma empresa de engenharia para tocar a obra. Ele estima que os trabalhos iniciem dentro de 30 dias.

“Vamos fazer a usina sem interferir na cascata e vai ser um atrativo. É uma modalidade nova, usina de rosca, utilizada para locais com baixa queda e baixo volume d’água”, afirma.

Leitão afirma que há no estado muitos rios de pequeno fluxo, que podem ser utilizados para geração de energia a partir desta técnica. “Não gasta muito com maquinário, aproveita queda do rio e não tem grandes obras civis, apenas uma pequena contenção” avalia.

A construção das estruturas deve levar entre seis meses e um ano. Após concluídas as obras, o empreendimento precisa obter a licença de funcionamento.

Concessão por dez anos

A concessão tem validade de 10 anos, a contar da assinatura, e pode ser prorrogada por mais dez. Pelo contrato, a empresa pode explorar comercialmente a área para geração de energia elétrica, criação de parque temático e área de lazer familiar.

O texto prevê ainda o repasse de três salários mínimos por mês ao Fundo Municipal de Meio Ambiente, a partir do início da operação. No entanto, há uma cláusula que exime a empresa da responsabilidade pela não execução dos trabalhos “se houverem impeditivos burocráticos”.

Fim do banho na cascata

A partir da instalação, a empresa passa a ser responsável pelo local. Com isso, áreas frequentadas por visitantes para banho devem ser cercadas. De acordo com o governo municipal, o local já é impróprio para banho. No entanto, durante o período de verão, o local recebe centenas de banhista a cada fim de semana.

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