Após anos de silêncio em solo nacional, a Direita retomou a voz nos idos de 2013 e 2018, o que resultou na quase vitória de Aécio Neves (PSDB), em 2014, e na vitória de um imprevisível Jair Bolsonaro. A Esquerda literalmente perdeu o monopólio do discurso. As redes sociais tiveram papel preponderante neste processo, mas foi preciso coragem por parte de quem restava ausente dos necessários embates políticos. Agora uma ala da Esquerda cansou dos desaforos recentes, quebrou o silêncio velado e voltou com força às ruas.
A movimentação iniciou entre torcidas organizadas de clubes de futebol – que historicamente mantém alas Antifascistas – e vem ganhando corpo. É um movimento aparentemente muito bem articulado, e chega numa mesma onda de outras ações coletivas, como os eventos “Estamos Juntos” e “Somos 70 por cento”. O inimigo parece ser um só: Bolsonaro. E o que nasceu no epicentro comercial do país, o Estado de São Paulo, vem se proliferando com a velocidade de uma Covid-19 pelas demais capitais e também pelo interior do país.
Resta saber se a Direita ficará calada diante desse novo “contragolpe” da Esquerda. Ou se a resposta será mais violenta e autoritária. Tudo leva a crer que “a cobra vai fumar”. Ou já está fumando. Aliás, essa é uma expressão muito utilizada pelos “Pracinhas” do Exército Brasileiro, entre 1944 e 1945, quando aqueles heróis foram combater o Fascismo e o Nazismo em solo europeu, durante a derradeira e sangrenta Segunda Guerra Mundial. E hoje já não sabemos para qual lado a cobra está fumando ou vai fumar.
Parabéns, Ranzi!
Vereador mais votado em 2016, Carlos Ranzi (MDB) demonstrou maturidade ao anunciar, na Rádio A Hora, que encaminhou um ofício ao presidente da câmara de vereadores de Lajeado, Lorival Silveira (PP), se colocando à disposição para estudar uma redução no quadro de Cargos Comissionados (CCs). Ranzi é Secretário da Mesa Diretora e isso tem um peso e tanto para a proposta originalmente protocolada por Ildo Salvi e Mariela Portz, ambos do PSDB.
Ranzi deixou clara sua insatisfação com as críticas direcionadas e ele por este colunista, essencialmente em relação ao artigo “Marcados na paleta”, onde critiquei os parlamentares que votaram a favor do parecer pela ilegalidade da matéria original – que precisa partir da Mesa Diretora. Ele mostrou maturidade, reforço. Agora só falta o próprio presidente e também o vice-presidente Sérgio Kniphoff (PT) demonstrarem a mesma sensatez.
“Romper o ciclo Arena x MDB”
Em nota, o PSB de Lajeado envia um contraponto ao artigo publicado na terça-feira, “Todos Contra Caumo”. Segundo o presidente da sigla, o radialista Rodrigo Conte, o partido não vai trabalhar em conjunto com outras siglas para minar o prefeito, e, sim, “se propõe a romper o ciclo “Arena e MDB” que se instalou nas últimas décadas”. Conte cita, ainda, que “esta polarização que provém da época da ditadura e que se acirra em todo o Brasil, exclui a maioria do povo brasileiro, pois não querem “guerra” entre os nossos cidadãos, estão cansados de “luta” entre os irmãos e desejam dar um basta nesta “polarização” de A “contra” B”.
A trincheira de Caumo
Há muitos agentes políticos preocupados com a “trincheira” montada para o prefeito de Lajeado disputar o pleito municipal. Eles temem ficar de fora. Por outro lado, a dupla do Partido Novo, Guilherme Cé e Douglas Sandri, deve seguir ao lado do chefe do Executivo lajeadense nas eleições de outubro. Natanael dos Santos, o presidente municipal do PP, já está recuperado – ele testou positivo para Covid-19 faz três semanas – e agora tem a missão de reorganizar as vaidades dentro da coligação. E não será nada fácil!
Parque da Orla
Está tomando forma o novo parque municipal em Lajeado. Parque da Orla, Parque Nei Arruda ou Parque Antônio Fialho de Vargas. O nome ainda não foi definido, mas as obras estão a pleno vapor. E pelo desenho prévio, teremos um espaço muito semelhante ao Parque dos Dick, construído durante o governo do ex-prefeito Cláudio Schumacher, com um pequeno lago em meio ao gramado. Mas esse novo local tem um ingrediente especial: ficará de frente para o Rio Taquari, resgatando um dos cartões postais do nosso Vale.
Relaxamento
A foto é na principal via do centro de Lajeado, quase em frente ao Hospital Bruno Born (HBB). Os simpáticos bancos instalados ainda no governo de Luís Fernando Schmidt (PT) não recebem a devida manutenção do atual governo. Mesmo assim, e na ausência de outros instrumentos, o público segue utilizando as estruturas avariadas, correndo riscos desnecessários. Uma pena. E resta a inevitável dúvida: se o centro da cidade está assim, como estão os bairros?