É cedo. O foco ainda deve – ou deveria – ser o combate à pandemia. Estamos longe de vencer esta guerra. Não devemos mudar o foco. Mas o fato é que a campanha eleitoral saiu dos bastidores e está indo para as ruas. Perigoso. É só olhar para Brasília, onde o viés político e ideológico se sobrepôs ao que deveria ser o interesse coletivo, e o resultado está aí.
Os ataques ao secretário da Saúde, Claudio Klein, culminados com o pedido de improbidade administrativa protocolado pela bancada do MDB na câmara de Lajeado contra o prefeito Marcelo Caumo e o secretário, materializam o novo momento que entramos na política lajeadense.
Com isso, não estou saindo em defesa de A ou B. Apenas constato que a oposição resolveu colocar o time em campo e minar o atual governo de Lajeado e, de qualquer jeito, encontrar resvalos jurídicos para incriminar o prefeito. Onde isso vai dar? O judiciário e os eleitores darão as respostas em seu tempo.
Importante: papel da oposição é imperioso num município. Fazem bem os vereadores em fiscalizar e acompanhar os movimentos do Poder Executivo e cobrar retidão e boa aplicabilidade dos recursos. E, se encontrados problemas, como apontam existir no caso envolvendo o secretário Klein, que se apure e se aplique a rigidez da lei. Tão importante do que tudo isso, é fazer esta oposição com responsabilidade e equilíbrio, sobrepondo o interesse coletivo ao interesse eleitoreiro.
Atitude, eu tenho a minha
No dia em que foi lançada a campanha construída a várias mãos – Atitude, eu tenho a minha – a Construtora Diamond dá um exemplo prático daquilo que é considerado Atitude, com a A maiúsculo. Instalou 11 pontos de álcool e gel na rua Julio de Castilhos. “Pensamos que nem todas as pessoas têm como levar o seu álcool gel consigo, por isso criamos a iniciativa”, justifica o diretor Sidnei Schmidt. Todos os materiais usados nos 11 pontos foram produzidos pela equipe de funcionários da empresa. Atitude.
Jogo para a torcida
O vereador Waldir Blau falou em alto e bom tom que o Secretário da Saúde de Lajeado, Cláudio Klein, não gosta de pobres. Uma acusação leviana e oportunista, típica de quem joga para a torcida e tenta se aproveitar da classe menos favorecida, jogando-a contra o secretário. Maldosas as acusações de Blau contra Klein. Jogo baixo.
Precisa explicar melhor
A morte de Marco Antônio Blau, registrada ontem à tarde no bairro Bom Pastor, em Lajeado, precisa ser melhor explicada.
Ele estava armado com um facão, e pelas informações coletadas pela reportagem, queria matar a irmã. Ao ser abordado, entrou em confronto com os policiais, que efetuaram disparo fatal contra a vítima. Importante que se esclareça bem os motivos que levaram os policiais a matarem o cidadão, até para preservar a credibilidade policial e desfazer a percepção preliminar de que houve excessos.
Sabemos que atirar para matar deve ser sempre o último e excepcional recurso utilizado pela polícia.
Ao mesmo tempo, é imperioso lembrar que a autoridade policial precisa ser respeitada e quando um cidadão entra em desacato, assume os riscos e eventuais consequências.