O cronograma para finalizar o Centro Integrado de Operações (Ciop) estipula o concreto do terceiro piso, instalação do telhado e o reboco. Para o acabamento, previsto para julho, ocorre à colocação dos pisos, dos banheiros e os acabamentos.
Esse é o plano do responsável pela obra, o empresário e voluntário da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro), Léo Katz. No entanto, os recursos disponíveis para custear o trabalho da empresa contratada terminam em no máximo três semanas.
Caso for interrompida, há risco de prejuízos na estrutura. “Não queremos deixar parar a obra para não termos perdas, já que com o recurso que temos não será possível colocar o telhado. Tudo ficará exposto”, explica o comandante do CRPO, Marcelo Maya.
“A retomada também será demorada, pois a mão de obra disponível, caso a obra pare, será remanejada para outro projeto da construtora.”
Pelos cálculos, são necessários mais R$ 200 mil para terminar o imóvel. Para garantir o cumprimento dos prazos, representantes das instituições envolvidas na obra promovem uma verdadeira peregrinação em busca de recursos.
São reuniões e contatos com integrantes do Ministério Público do Trabalho, prefeitos dos municípios vizinhos de Lajeado e com integrantes do judiciário. A pandemia acabou afetando os prazos para recebimentos de recursos já direcionados.
Amvat debate auxílio
Hoje, às 9h, a diretoria da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) debate a possibilidade de auxílio financeiro às obras. “Temos de ver se o estatuto prevê repasse de dinheiro e caso seja viável, vamos levar o assunto à votação entre todos os prefeitos da região”, explica o presidente e prefeito de Nova Bréscia, Marcos Martini.
Na avaliação dele, se trata de uma obra fundamental para toda a região, por ser um investimento em segurança pública e em tecnológica. “Será uma base para o cercamento eletrônico da região”, destaca.
O Ciop reunirá imagens de todas as câmeras de monitoramento instaladas na região e também transmitirá arquivos em tempo real para monitoramento estadual. A unidade ficará anexada ao 22° Batalhão da Brigada Militar (BM) de Lajeado.
Saiba mais
A obra iniciou no dia 17 de dezembro. O projeto foi elaborado pelo governo de Lajeado e o financiamento parte de recursos angariados pela Alsepro e pelo Instituto Ipê Amarelo.
A unidade comportará a tecnologia compartilhada pelos órgãos de segurança, como BM, Polícia Civil, polícias rodoviárias, bombeiros, Secretária de Segurança Pública e Departamento de Trânsito.
O Centro também servirá como espaço para gerenciamento de crise, quando a atuação exigir a participação de vários setores, como em uma enchente ou uma ação criminosa que envolva acompanhamento policial.
Serão três pavimentos. Pelo projeto estão previstos espaços para a garagem de viaturas, no segundo piso o Departamento de Inteligência e a Força Tática da Brigada Militar, e no último andar, será a sala de monitoramento.
A construção custa certa de R$ 800 mil e tem 455 metros quadrados. A iniciativa faz parte do projeto de cercamento eletrônico por meio do Sistema de Segurança Integrada com os Municípios (SIM).