O projeto de lei para implantação de uma Guarda Municipal em Lajeado repousa na câmara de vereadores. Protocolada no dia nove de março, dias antes da fase crítica da pandemia no país, a matéria enfrentará forte resistência no plenário do Legislativo. Pensando nisto, o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, vai à casa do povo para conversar com os parlamentares. O encontro será terça-feira. O promotor de Justiça Carlos Fiorioli foi convidado a participar.
A intenção de Locatelli é repassar todas as informações e opiniões aos vereadores. Para isso, o Secretário de Segurança de Pelotas, o Tenente Aldo Bruno, também participará do encontro – por meio de videoconferência. A ideia é convencer os parlamentares acerca da importância deste novo dispositivo de segurança. E acabar com as desconfianças. Afinal, dentro do Executivo, e também entre a base governista na câmara, a preocupação é grande com o futuro do projeto.
O PL prevê a contratação inicial de 10 guardas municipais com carga horária de 40 horas semanais. Ainda de acordo com a proposta, os profissionais precisam realizar um curso de formação, de caráter classificatório e eliminatório, com diversos módulos. Entre esses, curso interno de “Formação para Agentes de Autoridade do Trânsito” e também o curso de habilitação ao porte de arma de fogo.
E não para por aí. Para se tornar um Guarda Municipal, o interessado precisa de “aptidão física, mental e psicológica”, e “idoneidade moral comprovada por investigação social e certidões expedidas perante o Poder Judiciário estadual, federal e distrital”. Além disto, o poder público vai cobrar exame toxicológico em relação aos últimos seis meses anteriores à investidura no cargo. Para muitos, é suficiente para garantir eficiência. Para outros, é pouco.
O projeto vem ao encontro do projeto macro do atual governo na área da segurança, denominado “Pacto Pela Paz”. Mas eu reforço. A matéria vai enfrentar resistência na Câmara, ainda mais durante o ano eleitoral. Além das divergências naturais que recaem sobre o tema, a instalação de uma Guarda Municipal era uma das principais bandeiras da Delegada Márcia Scherer, que foi adversária do atual prefeito Marcelo Caumo nas eleições de 2016. E, diante disso, a Oposição não quer entregar o ouro ao inimigo.
Serviço (ainda) obrigatório!
A notícia é da Assessoria de Imprensa de Lajeado. Com a manchete “Jovens da classe de 2002 devem fazer alistamento militar até 30 de junho”, o texto informa que, em 2019, a Junta Militar recebeu cerca de 600 alistamentos referente aos jovens nascidos em 2001. Já em 2020 o número de alistados está abaixo de 400. Vale lembrar que ainda é obrigatório o alistamento, e as punições para quem descumprir esta arbitrariedade são diversas. Entre essas, o jovem não poderá obter passaporte, assinar contrato com o Governo Federal, Estadual, dos Territórios ou Municípios, e tampouco prestar exame ou matricular-se em estabelecimento de ensino.
Harmonia em Encantado
Na manhã de ontem, a empresária encantadense Renata Galiotto (foto) participou do programa Frente e Verso. Ela integra o Conselho de Desenvolvimento Integrado de Encantado e fez coro a parte dos vereadores, que reclamaram de pouco diálogo por parte do Executivo, essencialmente na proposta de criação de uma Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia. O prefeito Adroaldo Conzatti (PSDB) também concedeu entrevista ao programa na quarta-feira. E rechaçou eventual falta de diálogo. No mínimo, está faltando harmonia…
Corte de árvores
A RGE realiza uma série de serviços na Rua Carlos Spohr Filho, em Lajeado, para ampliar a rede de energia elétrica. Mas, nem tudo são flores na relação entre a empresa e moradores. Leitores encaminham fotos e reclamam de eventual exagero no corte de árvores. “As árvores estavam lá muito antes da instalação dos novos postes”, escreve um leitor. É complicado. Por um lado, a concessionária busca garantir menos problemas aos usuários e clientes. Por outro lado, o empreendimento não atende à necessária harmonia e sustentabilidade ambiental.
A parte podre!
Lá em 2015, quando a “grande mídia” resolveu colocar uma pá de cal sobre o governo de Dilma Rousseff (PT), divulgando um pequeno trecho de uma conversa grampeada – horas antes – entre ela e o ex-presidente Lula, os movimentos de Direita no país foram ao êxtase. Poucos figurões de Direita questionaram a moralidade, legalidade ou sensatez na divulgação do áudio ilegal – liberado pelo então juiz e agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Naquele momento, não havia discurso de “ameaça à segurança nacional” por parte de quem hoje resta estarrecido com o Judiciário. Pelo contrário. Era um vale-tudo maluco para colocar nas grades o principal nome da Esquerda. Hoje, após as “denúncias” de Moro, a divulgação da reunião ministerial e o pedido de perícia no telefone do presidente, por exemplo, muitos deles enfim foram apresentados ao avanço político de uma parte podre do Judiciário brasileiro.