“Todos precisam inovar. Quem não inovar vai ficar para trás”, defendeu o prefeito Adroaldo Conzatti ao justificar os projetos que criariam a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação e o cargo de secretário em Encantado. Na segunda-feira, as propostas foram reprovadas com oito votos contrários de vereadores.
Em entrevista ao programa Frente e Verso, Conzatti lamentou a rejeição e destacou que o projeto é benéfico para o futuro da comunidade, em especial, da juventude. “Era um salto que Encantado poderia dar”, afirmou. Para ele, o período pós-pandemia exigiria investimentos em inovação.
O prefeito rebateu as críticas de vereadores quanto aos gastos com a nova secretária. Conforme ele, o município cortou 32 cargos comissionados (CCs) e quatro secretarias no início do mandato. Isso resultou em economia de R$ 6 milhões.
A pasta de Ciência Tecnologia e Inovação custaria R$ 300 mil ao ano com a contração de um secretário e um assessor. “Seria menos de 5% do que poupamos”, relaciona.
Prefeito também refutou a “falta de diálogo” alegada pela câmara na reprovação da proposta. Lembrou que o governo ofereceu vagas aos vereadores na viagem feita a Pato Branco (município paranaense referência em inovação no país) e convidava para reuniões. “Se a pessoa não participa, o diálogo não acontece mesmo”, rebateu.
A criação da secretaria seria um dos passos para instalar um parque tecnológico em Encantado. Conzatti reforça que o projeto foi apenas “protelado”. O governo estuda a possibilidade de redirecionar CCs para a área de inovação, entretanto afirma dificuldade em função da impossibilidade de abrir mais cargos comissionados.
Argumento para reprovação
Diego Pretto, presidente do Legislativo, também participou do Frente e Verso na manhã de hoje e defendeu a decisão dos vereadores. Ele reforçou a importância de políticas públicas voltadas à inovação, entretanto acredita que o momento não é propício para aumento de gastos.
Para ele, a economia feita com o corte de secretarias não deveria ser gasto “da mesma forma” com a criação de outra pasta. Defende ainda que a existência de uma secretaria de inovação e turismo não garante avanços ao município nessas áreas. “Como em oito meses vamos conseguir um estímulo da secretaria municipal se a sociedade não tem essa aspiração. As vezes a necessidade é outra”, acrescenta.
Como presidente do Legislativo, Pretto não participou da votação que reprovou os projetos. Entretanto afirmou ser contrário. Os únicos votos favoráveis foram de Jaqueline Taborda e Valdecir Gnozatti.
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